Zara odiava hospitais. O cheiro constante de desinfetante parecia impregnar o ar, e, a cada passo, ela cruzava com rostos marcados pela tristeza e pelo desespero. A enfermeira finalmente saiu do quarto. As veias de Natália eram muito finas, e ela precisou de várias picadas para conseguir. Natália havia tentado ser forte, permanecendo em silêncio no início, mas, no final, acabou chorando e dizendo para Zara que estava doendo muito. Zara não disse nada. Ela apenas segurou firme a outra mão da filha. Finalmente, o soro foi conectado. Depois de fungar algumas vezes, Natália fechou os olhos. — Nati, dorme um pouquinho. — Zara disse em voz baixa, acariciando os cabelos da menina. — Mamãe está aqui com você. Natália resmungou um "uhum", mas, pouco depois, abriu os olhos novamente. Zara forçou um sorriso. — O que foi, meu amor? — Mamãe, você não vai chorar, né? — Natália perguntou, com os olhos brilhando. A pergunta pegou Zara de surpresa. Por um momento, ela não soube o qu
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