(Ponto de Vista de Bill)Os dias começaram a se misturar, envoltos em uma névoa de tensão e desconforto. Cada vez que saía de casa ou caminhava pelos corredores da Pinnacle, me sentia alerta, examinando os rostos das pessoas ao meu redor, vigiando cada canto como se estivesse de volta a algum tipo de treinamento tático. Mas, tudo estava pior, porque abordava algo pessoal.James estava levando isso tão a sério quanto eu, senão mais. Ele aumentou a segurança de maneira quase ridícula, colocando seguranças em todos os pontos de entrada ao redor da casa e adicionando câmeras de vigilância nos escritórios da Pinnacle. Embora soubesse que aquilo era o melhor, a presença deles, ali, estacionados e observando constantemente, só aumentava a sensação de que algo poderia dar errado a qualquer momento. A constante lembrança de que estávamos sob cerco, mesmo que apenas pelas ameaças de Kevin, estava começando a nos desgastar.Caminhei ao redor da casa uma noite, vendo os seguranças posicionados em

(Ponto de Vista de Serena)A tensão estava densa no ar, tão espessa que parecia me pressionar enquanto Bill e eu corríamos pela casa, pegando apenas o que era absolutamente necessário. Já não se tratava de correr riscos. Kevin tinha ultrapassado todos os limites, e o terror de sua presença iminente, espreitando cada passo nosso, tornava tudo insuportável.Com a mandíbula cerrada e o olhar gelado, Bill organizava os itens essenciais, movendo-se com uma determinação que chegava a intimidar. Eu podia sentir sua energia protetora irradiando, mas, por baixo disso tudo, havia uma tensão em cada movimento dele que me dizia que ele estava tão assustado quanto eu.— Não vamos pegar nada que não possamos carregar rapidamente. —Disse ele, com a voz baixa, mas firme. — Vamos nos limitar ao básico.Assenti, sentindo as mãos trêmulas enquanto guardava as coisas de Collin em uma bolsa pequena, tentando me concentrar no essencial: fraldas, leite em pó, seu cobertor favorito... Cada item parecia um fra

(Ponto de vista de Serena)Mal tínhamos chegado à casa segura há uma hora, mas já parecia que estávamos ali há uma eternidade. O lugar era pequeno, aconchegante, escondido o suficiente na floresta para nos dar cobertura.Continuei vasculhando o ambiente com os olhos, atenta a cada canto e possíveis rotas de fuga. Depois, improvisei um berço para Collin. Ficava próximo à janela, mas não diretamente diante dela... Apenas por precaução.Não era nada como o quarto que preparamos para ele em casa, mas ele era jovem demais para perceber a diferença.Enquanto isso, Bill estava perto, conferindo as fechaduras novamente. Ele havia revisado cada centímetro daquele lugar desde que chegamos, testando as janelas, e certificando-se de que os trincos estavam seguros. Por outro lado, James estava do lado de fora, dando voltas ao redor da casa como um cão de guarda. E, sinceramente, eu estava grata por isso, já que confiava que James conseguiria detectar qualquer coisa suspeita se aproximando.Ainda as

(Ponto de vista de Serena)Bill, Matt, James e eu revisamos cada detalhe do plano repetidamente. Eu estava sentada à mesa, observando enquanto discutiam as melhores rotas de entrada e saída do local, debatendo se teríamos cobertura suficiente.Já era tarde, e todos nós estávamos exaustos, mas eu afastei o cansaço, pois não havia tempo para ficar cansada. Não quando estávamos tão perto de colocar um fim nas ameaças de Kevin de uma vez por todas.Então, James desligou sua lanterna e me olhou.— Temos certeza sobre esse lugar, certo? Essa cabana é remota o suficiente para impedir que ele fuja?— É isolada. Só tem uma estrada de entrada e saída. — Respondeu Bill. — Se ele aparecer com alguém, eles estarão caminhando direto para a nossa armadilha. Vamos vê-los chegando muito antes deles saberem que estamos ali.James assentiu. Matt, por outro lado, se recostou na cadeira, rolando os ombros como se tentasse aliviar o estresse.— Assim que chegarmos, cada passo deve seguir o plano. Nada de de

(Ponto de vista de Serena)Kevin se aproximou de mim, e seu sorriso torto se alargava a cada passo calculado. Ele achava que tinha a vitória garantida. Pensava que eu estava com medo, que me recuaria assim que ele fechasse a distância. Não percebia que estava subestimando minha capacidade.Meus pés permaneciam firmemente plantados no chão, as mãos firmes em torno da minha arma. Não iria vacilar. Ele tentava me ler, provavelmente esperando aquele pequeno lampejo de medo nos meus olhos. Mas não encontraria isso. Bill me ensinou melhor do que isso.— Você parece corajosa. —Disse Kevin, sua voz cheia de deboche enquanto inclinava a cabeça. — Mas sabemos que isso é só um teatro, não é?Eu não respondi. Não daria a ele a satisfação. Meu foco se estreitou, apagando sua voz, ignorando tudo ao redor, exceto ele. Cada passo que ele dava, cada movimento das mãos, cada ajuste na postura. —Eu via tudo. A voz de Bill soava clara na minha mente, como se ele estivesse ao meu lado.'Fique calma. Observ