Antes que Jorge pudesse responder, Isabela já o puxou.— Que tal a gente ir ao cinema? — Ela disse ao vento. — Vou ver se tem algum filme legal.Ela pegou o celular e começou a navegar no app.Jorge ficou olhando para ela, sabendo que ela estava tentando mudar de assunto de propósito.Mas mesmo assim, ele respondeu:— Eu não quero pressão para casar, mas eu quero casar com você.Isabela parou por um instante, depois sorriu e levantou o celular:— Esse filme aqui parece bom. Vamos embora?— Tá bom. — Jorge concordou olhando para ela.O filme que ele queria ver não tinha sessão logo, a próxima seria só em duas horas. Acabaram de jantar, e Isabela sugeriu dar uma volta.Como era fim de ano, as árvores na rua estavam enfeitadas com luzes coloridas. O clima de festa estava no ar.Isabela segurou o braço dele, aproveitando a vibe do Ano Novo.Fazia frio demais, e depois de um tempo caminhando, o rosto dela já estava gelado.— Vamos entrar naquela cafeteria para sentar um pouco?Entraram, e I

Jorge não falou nada, só ficou olhando para ela fixamente.Isabela mexeu os lábios.Ela sabia que os pais do Jorge gostavam de antiguidades, tipo pinturas e coisas assim.Mas ela não entendia nada daquelas coisas de antiguidades ou quadros.Além disso, itens de qualidade custavam uma fortuna.Embora ela tivesse ganhado bastante dinheiro, realmente não conseguia bancar antiguidades.Aquelas coisas consumiam muito dinheiro.Ela também não podia comprar nada muito caro.— Então, sabe o que seus pais gostam? Me ajuda a escolher uma coisa, mas não pode ser muito caro, tem que ser algo que dê para mostrar.— Você está pedindo demais, hein? — Jorge riu e se levantou, pegou o celular e mostrou uma foto para Isabela. — Essa aqui é uma pintura do Picasso, vendida lá fora por 590 milhões de dólares.Isabela ficou sem palavras.Sem nem pensar no preço em dólar, ela não podia comprar aquilo.— Essa pintura, eles vão gostar. — Jorge largou o celular e falou de propósito. — Eu sei quem comprou essa o

— O que sua irmã gosta? — Ela sorriu e perguntou.— Perfume, acho. — Jorge respondeu.Na verdade, Clara não precisava de nada.Dava para dizer que ela tinha de tudo.A única coisa que Jorge sabia era que ela gostava de colecionar perfumes.Na penteadeira, tinha todo tipo de frascos.Isabela anotou no caderninho de trabalho.— E seus pais? Além de antiguidades, gostam de mais alguma coisa? — Ela perguntou. Mas logo emendou. — Deixa para lá, melhor eu mesma escolher alguma coisa.Com uma família daquelas, era óbvio que os pais dele não deviam precisar de nada.Já tinham visto de tudo.O mais sensato era comprar algo que estivesse dentro das suas possibilidades e que fosse apropriado.Depois de andar pelas lojas um bom tempo, ela acabou não comprando um perfume para Clara.Se a mulher gostava mesmo de colecionar, provavelmente já tinha um monte e com certeza alguns raríssimos.O que Isabela poderia comprar seria algo comum, encontrado em qualquer lugar.E, para Clara, aquilo não teria gra

Alicía estava vestindo um casaco bordado, novinho, no estilo tradicional, com um suéter escuro por baixo e um colar de pérolas, parecendo muito gentil.Ela se aproximou com um sorriso. Isabela cumprimentou primeiro:— Boa tarde, Sra. Alícia.— Seja bem-vinda à minha casa. — Alícia sorriu.Isabela entregou o presente, Alícia pegou, deu para a empregada e ordenou:— Preparem um chá quente, por favor.— Sim, senhora. — A empregada respondeu e saiu para preparar.— Venha, se sente. — Alícia segurou a mão de Isabela e a puxou em direção ao sofá.Isabela não esperava uma atitude tão amável dela. Olhou para trás, nervosa, para Jorge, com medo. Afinal, tudo aquilo parecia um sonho, não a realidade.Jorge sorriu para ela, dando um olhar tranquilizador.Ela se sentou junto com Alícia.— Você sabe, eu sempre gostei de você desde o começo. — Alícia continuou segurando a mão dela, acariciando devagar. — Se você não tivesse qualquer ligação com a família Marques, você realmente seria a nora que eu s

— Só podia ser ela. — Jorge respondeu com firmeza e sem nenhuma hesitação.Aquilo deixou a Clara ainda mais triste, porque ela sentiu que, naquele momento em que o irmão tinha uma namorada, ele nunca mais ia cuidar dela como antes.— Tá bom, se vocês querem ficar juntos, então fiquem. Mas eu nunca vou aceitar ela, e nem vou chamar ela de cunhada. Eu te odeio!!! — Ela gritou para o Jorge. — Saia daqui! Saia! Não fique no meu quarto!Ela empurrou ele com força, mandou ele sair do quarto e fechou a porta.Ela trocou de roupa rapidamente e, quando abriu a porta, viu Jorge ainda parado ali. Ela tentou empurrar ele de novo, mas ele segurou seu braço.— Para onde você vai?— De qualquer jeito, hoje não vou ficar em casa. — Ela mostrou que não ia mudar de ideia. — Já que você convenceu nossos pais a aceitarem ela, minha opinião não importa. Vocês aí, toda a família juntinha, comendo junto, então eu só vou atrapalhar. Melhor eu sumir mesmo, assim não fico no caminho de vocês.— Clara... — Jorge