Prendi o fôlego ao cruzar meu olhar com o dele. Ele também me olhava, sem nenhum desvio, firme como sempre.Toda vez era assim: ele encarava diretamente, sem hesitar, enquanto eu, ao contrário, sempre sentia aquele aperto no peito, como se a culpada da nossa distância fosse eu.— George, você chegou na hora certa! Eu e a Carolina estávamos falando de você. — Edgar soltou, com aquela língua afiada de sempre.— Hum. — George respondeu e ficou ali parado, imóvel, sem dizer mais nada.— Você nem vai perguntar o que estávamos dizendo? — Edgar, como sempre, parecia se divertir com a situação.George permaneceu em silêncio. — Estávamos comentando que você emagreceu... E que você... — Edgar esfregou o nariz e, com um sorriso malicioso, continuou.No meio da frase, Edgar parou de repente e me lançou um olhar cúmplice acompanhado de uma piscada. — Carolina, melhor não contarmos para ele, né?Aquilo me arrancou um sorriso interno. Sem querer, deixei escapar um leve curvar dos lábios.George, no
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