Rosian“Caralho, que incômodo da porra” é a primeira coisa que penso quando sinto a dor no meu peito com tanta força que se torna a responsável por me fazer acordar. Levo uma mão para o meu rosto, esfregando-o, e no instante em que concluo que isso não é o que deveria estar fazendo, meu torso é erguido rapidamente.— Você acordou — balbucia Falout. E a intensidade dos seus olhos faz com que queira desviar minha visão da sua por um segundo, mas tenho certeza de que se o fizer, serei ainda mais recriminado. — Seu filho da puta maluco.— Hum, eu imagino que mereça essas recriminações, mas…— Mas? Você quer colocar a porra de um “mas” no meio da sua frase? — Falout não costuma agir dessa forma, o que significa que passei de todos os limites possíveis que ele havia imaginado dentro da sua cabeça. — Eu vou…— Não é o melhor momento para brigar — fala a voz que faz com que a dor em meu peito diminua um pouco assim que a ouço. Ceyas me mostra um sorriso pequeno.— Não ria para ele, nós estamos

Ceyas— Não acredito que estivessem esperando especificamente por essa ocasião, mas estavam prontos para caso algo difícil e inexplicável acontecesse — pondera Rosian, sem esconder o quanto tem de curiosidade pelo assunto.Além disso, nos disseram para perguntar o que quisermos saber.— Não faz tanto tempo em que estive no meio de uma circunstância que alguns diriam ser uma loucura sem tamanho — articula Luna. A mulher é diferente de qualquer alfa que já conheci.Há algo nela que torna a sua presença esmagadora. Faz com que meu lobo fique cauteloso, ainda que não esteja demonstrando intenções de entrar em um conflito conosco. A cautela dele se torna perigosa diante dela.— Encontrar um demônio não parece tão absurdo depois que um Deus começa a fazer bagunça no seu quintal — finaliza Luna, deixando a todos nós em silêncio. — Após esse acontecimento, a Deusa Lua pediu que a ajudássemos em algumas questões.— Está falando sobre

Neamir— Nós conversamos bastante, mas pelo visto, ainda tem coisas que você quer saber — comenta Marie. Estão se preparando para partir após perceberem que as pequenas confusões que ainda ocorrem na alcateia serão resolvidas por nós, sem a necessidade de interferência. — Gostaria de saber o quanto sabem sobre o que aconteceria com o meu filho se eu morresse — articulei sem rodeios. É bem nítido que elas são bem mais informadas do que eu, afinal, estiveram próximas de alguém que tem conhecimentos diferenciados. Ainda é meio estranho pensar que a minha vida tinha tanta importância para esse mundo que alguém de fora dele foi chamada para interferir, evitando que eu morresse. Ponderei muito a respeito de quem era a sujeita que me ajudou naquele dia, contudo, jamais consideraria que ela era

CeyasMuitas coisas têm sido diferentes desde o acontecimento da invasão a Eldergrove. Foi dessa maneira que ficou conhecido, já que, apesar de Neamir ser o principal alvo deles, todos os lupinos foram pegos pelos desejos absurdos de vingança que aquelas pessoas acumularam contra nós.Ainda há tantos indivíduos que não processaram o fato de que aqueles com quem conviviam se tornaram inimigos de uma hora para outra. Como você conseguiria ficar bem após ter conhecimento dessas circunstâncias?Esse receio e quebra de confiança fazem com que todos ajam estranhamente, dado que temem que mais uma vez isso se repita. É algo que me preocupa também, pois temos que investigar aqueles que sobreviveram para ter certeza de que não estavam envolvidos.No entanto, não é um problema que se resolve em pouco tempo.Além disso, a

Ceyas— Você nos liberar não foi tão literal quanto pensava — digo, apertando a minha mandíbula para segurar a sua cintura, impedindo-o de se mover em cima de mim, pois está apenas colocando mais fogo em meu corpo.— Por que não? — me provoca. — Não vejo nada impedindo as suas mãos — fala, encostando sua testa em meu peito, arqueando a coluna quando Falout aumenta a movimentação de seus dedos.— Você tem um pouco de razão — professo, mas apesar de não ter nada me refreando, ainda sinto como se fosse acabar partido em milhões de pedaços dada a fricção constante de nossos paus.— Além disso, esse lugar já é tão profano que nada do que fizermos atrairá negatividade para ele — zomba o bruxo enfiando os seus dentes em minha carne quand