Assim que Lúcia entrou na Mansão Baptista e abriu a porta, viu que tudo estava como sempre.Por um breve momento, ela quase conseguiu ver Abelardo sentado em sua cadeira de rodas, segurando uma caneta, escrevendo calmamente sobre a mesa. Sandra se aproximava com uma bandeja de frutas, colocando-a diante dele e dizendo:— Querido, você já está cansado. Descanse um pouco, não force tanto os olhos.Logo depois, Lúcia imaginou Abelardo se levantando com dificuldade da cadeira de rodas, com o apoio da mãe. Ele estava visivelmente emocionado, um sorriso de alegria iluminando seu rosto levemente rechonchudo.Abelardo ergueu o olhar, encontrando os olhos de Lúcia, e abriu os braços, com uma expressão de carinho e orgulho:— Lúcia, olha só! Eu consegui me levantar! Realizei o desejo que você tinha antes de viajar! Você está feliz, não está?O nariz de Lúcia ardeu, e ela balançou a cabeça, assentindo:— Muito feliz.— Vem cá, me dá um abraço. Filha, onde você estava? Hoje é Natal, o jantar já es
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