Um beijo leve. A máscara do respirador ficou embaçada com uma fina camada de vapor.Lúcia, ainda irritada com tudo que ele havia feito, empurrou-o com força e, de punhos cerrados, deu um soco no peito dele, por cima do uniforme de paciente:— Você é doente, não é?Sílvio gemeu de dor, sugando o ar entre os dentes. Sua testa começou a suar frio.— Você está bem? Vou chamar o médico. — Lúcia, agora preocupada, apertou o botão de chamada ao lado da cama.Quando ninguém respondeu, ela saiu apressada do quarto em busca de ajuda.Sílvio, sozinho por um momento, inclinou levemente os lábios em um sorriso. O calor da preocupação de Lúcia era algo que ele não sentia há muito tempo. E era bom. Era muito bom.Pouco depois, Bruno entrou no quarto, trazido por Lúcia. Assim que viu Sílvio acordado, ele ficou visivelmente aliviado.— Sr. Sílvio, finalmente o senhor acordou!— Como está meu estado? — Sílvio perguntou em um tom fraco, mas autoritário.Bruno respondeu com cuidado:— O senhor ainda preci
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