Capítulo 2

A Pérola do Rei - Vanessa Matos

O rei William é um homem alto, de pele clara, de cabelos lisos, castanhos escuros e que alcançam a altura do ombro. Os seus olhos são castanhos claros, que se apresentam na cor de mel quando os raios de sol incidem em seu rosto. O rei William herdou o trono depois que o seu pai, o rei Amim, faleceu de uma causa que ainda não foi diagnosticada, entretanto, há suspeitas de envenenamento devido significativa à inveja que muitos têm com relação a assumir o trono em seu lugar. Mas como existe uma regra, a qual consiste na sucessão do trono, que é passada de pai para filho, o príncipe William assumiu o reino após a morte de seu pai, tornando-se então o mais novo rei dos territórios Bélicos.

Sendo ele um homem muito querido por todos os moradores que povoam o reino dos Bélicos, ele foi muito bem recebido, bem como ovacionado por todos os camponeses, que o aplaudiram e se curvaram diante dele na cerimônia de posse ao seu trono. Entretanto, existem alguns inimigos que desejam tomar o reino devido ao solo fértil que pode ser encontrado em cada metro quadrado que se estende desde o rio até o outro lado da fortaleza que cerca o reino.

Alguns meses antes de uma das batalhas que o reino dos Bélicos deveria enfrentar em prol de sua terra fértil, o rei William teve que reunir todo o seu exército, o qual contava com mais de cinco mil homens. E de modo que todos recebessem o mesmo nível de treinamento, o rei William convocou os seus melhores homens a fim de treinar com ele em suas horas vagas e posteriormente transferir esses conhecimentos recém adquiridos para os seus subordinados, de modo que todos os homens recebessem o treinamento necessário, e que todos tivessem plenas condições de enfrentar os inimigos que poderiam estar muito bem treinados e até em maior número.

Em meio a muitas espadas, escudos e flechas, as quais carregavam em suas pontas alguns tecidos cobertos pelas chamas de um fogo que se destinava a matar cada um dos soldados que tentavam invadir o território, existiam os homens em quem o rei William confiava, mas também tinham outros que estavam fazendo parte do exército, fingindo que eram pessoas dispostas a sacrificar a própria vida em prol do reino, quando na verdade eles só tinham a intenção de se infiltrar e, com isso, conhecer o regime de vida tanto dos camponeses e soldados quanto da família do rei para uma posterior traição, de modo a permitir que os inimigos do rei entrassem no reino e tomasse o território em troca de ouros, pratas, e altos cargos na corte.

Depois de ensinar todas as melhores práticas, as quais são voltadas para a guerra para os seus melhores soldados e os que tinham a sua confiança, foram organizados diversos grupos de cem homens para que eles pudessem treinar entre si, intercalando os horários ao longo do dia, de modo que todos recebessem a mesma instrução e o mesmo tempo de treinamento diário.

Enquanto eles se organizavam em fileiras, com um centurião a frente, os soldados seguravam as suas espadas e os seus escudos, treinando o ataque, quando eles golpeavam as espadas de modo a cravá-las nos órgãos vitais de seu inimigo, enquanto o soldado que estava prestes a ser atacado se esquivava, de modo a esticar o braço e se proteger com o escudo, a fim de que a espada desvie de seu corpo.

Pensando na proteção do reino, aqueles homens passavam horas treinando e se dedicando a dar o melhor em busca de um reconhecimento do rei, visto que as suas famílias sofriam muito enquanto trabalhavam de sol a sol a fim de suprir todas as demais necessidades daquele reino.

Enquanto eles treinavam, o rei William destinava alguns minutos de seu dia para tentar distrair um pouco em meio as árvores que faziam parte do bosque e tornava aquela paisagem ainda mais gloriosa. Depois de caminhar por entre as flores, admirando a paisagem, o rei William gostava de se sentar em uma das pedras que permitiam uma visão privilegiada de uma das colinas que permitiam a visão daquele lindo castelo. E em combinação com os raios dourados do sol, que no fim da tarde parecia transformar as cores tanto das folhas das árvores, quanto das relvas e das flores e do castelo, deixando tudo mais bonito, o rei William se perdia em meio aos seus pensamentos e à insegurança de como ele conseguiria fazer com que as pessoas que residiam e se dedicavam todos os dias ao seu reino pudessem ter uma vida segura, pois ele sempre disse à sua família que ele não tinha preparo para ser um rei, visto que ele ainda era um homem muito novo, de apenas dezoito anos. E o trono significava um cargo que exigiria muita responsabilidade, enquanto ele só queria ser um grande guerreiro que lutasse pela segurança e pela tranquilidade do seu povo. Mas o destino de William tinha reservado caminhos diferentes, fazendo com que todos os moradores do reino dos Bélicos acreditassem que eles estavam em boas mãos, ou seja, sob o reinado de William.

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