Capítulo 2

TEMOS QUE FICAR JUNTOS

“Um amor, um coração

Vamos ficar juntos e nos sentiremos bem.

Estou implorando para a humanidade”

One Love – Bob Marley

Não era fácil estar em Ruanda.

Violet nunca pensou que seria fácil de qualquer maneira. Não era ingênua a esse ponto.

Bem, talvez ela fosse um pouco, pois nunca imaginou a dificuldade que teria em ser aceita. No começo, os homens e as mulheres da aldeia a boicotaram, assim a estação médica ficava entregue às moscas. A Médicos Sem Fronteiras ajudava, é claro, mas o que tinham ali não era muito, já que os casos de urgência deveriam ser levados para a base, e não para o ambulatório.

Uma desidratação, anemia, um corte, febre, gripe... Sim, isso tudo ela poderia resolver. Mas como reanimaria alguém? Como trataria de ferimentos mais graves? Ou realizaria exames? E se uma perna quebrada com fratura exposta chegasse ao seu conhecimento? O que ela deveria fazer?

Nada além de chamar a base.

O trabalho na aldeia de Umutara era bem solitário. E seria mais, se não fosse Melanie Winsor, sua amiga de longa data. Elas se conheceram na Universidade George Washington, Melanie morava em Washington, e Violet havia se mudado de Santa Mônica com o pai, depois de ele ter subido para a última patente. A mãe de Violet morrera quando ela tinha dezesseis, e desde então eram apenas ela e o pai.

Quando foram para Washington, os dias da garota eram muito solitários. Mas quando entrou para a faculdade, Melanie estava lá, e desde então nunca se desgrudaram, nem mesmo quando Violet teve a louca ideia de deixar a especialização de lado para poder ajudar aos necessitados. Melanie entrou de cabeça na missão ao lado de sua melhor amiga, e juntas estavam lá, ajudando em tudo o que podiam.

Todos disseram ser loucura. Mas o que mais ela poderia fazer? Quando quis se alistar e prestar as provas para ser médica militar, seu pai vetou e avisou que boicotaria qualquer chance de entrar para o exército. A solução foi contatar a organização não governamental dos Médicos Sem Fronteiras. Lá, o coronel não poderia opinar.

Era impossível ser uma maluquice ajudar a salvar e levar condições dignas de vida para uma população. E após receber o primeiro abraço de uma criança desnutrida, que um mês depois corria feliz, cheia de brilho no olhar, ela sabia que estava certa.

Todos os dias a vontade de chorar aparecia, às vezes levava a melhor, e com isso as lágrimas caiam. Nesses momentos, ela ia para a pequena e desconfortável cama de campanha, em um dos quartos úmidos nos fundos da estação, e pensava no quanto estava ajudando, fazendo algo importante. Ajudando pessoas.

Embora a lealdade de Melanie estivesse com a melhor amiga, ela começava a se cansar. Repetia a si mesma, várias vezes ao dia, que daria qualquer coisa por um banho de banheira com o seu xampu caro, música e, quem sabe, um belo homem para esfregar suas costas. Era apenas humana, sentia falta do conforto da sua cama, de sua geladeira farta de coisas supérfluas, que ela podia comer a hora que quisesse. Mesmo assim, ela acordava todos os dias muito cedo, para ver a melhor amiga sorridente e orgulhosa por ajudar as pessoas.

Amava Violet como uma irmã, tinha profundo respeito e admiração por ela e a certeza que nem um banho quente e cheiroso de banheira a faria abandonar a amiga ou a missão.

**

Ao dar o último ponto no corte da mão do menino arteiro, Violet passou a mão na cabeça do moleque e sorriu.

— Onde está Zukah, Omim? — perguntou em francês. Sua desenvoltura nessa língua estava cada vez melhor, e as crianças a ajudavam na tarefa. Muitos falavam inglês, pois era o principal idioma ensinado nas escolas, porém o quiniaruanda e o francês eram muito usados. O quiniaruanda era muito usado pelos mais velhos, e estes não faziam questão de se comunicar com a médica americana. Assim ela focou no francês. Gostava de aprender.

— Não sei! — respondeu o menino, pulando da maca.

— Peça para ele vir falar comigo, tudo bem? — O garotinho assentiu, mas ela sabia que provavelmente Omim não daria o recado ao irmão mais velho. Zukah estava com uma forte anemia, e a médica queria verificar seu estado. Retirando as luvas das mãos e descartando no lixo biológico, Violet fez uma lista mental de suprimentos que precisava pegar na base e levar para o ambulatório.

— Os cavalheiros ainda estão lá fora, Vi. — Melanie informou da porta. Estava encostada de forma despreocupada no batente.

— Vejo certo brilho em seus olhos, Mellie. Seria aquele grande homem de sorriso largo e braços fortes? — brincou com a amiga.

— Não venha com essa. Não sou a única que precisa transar aqui, e o seu babá, Kendrick, é um belo exemplar da espécie humana do sexo masculino. — Imediatamente Violet voltou a se concentrar na organização dos aparatos.

— Não prestei muita atenção.

— Claro! E aquele sorriso largo era para mostrar algum clareamento dental que você fez ultimamente? — A loira provocou. Em seguida, olhou para os homens do lado de fora, conversando seriamente. McCarthy levantou o olhar para a mulher e piscou da forma mais sacana que ela já tinha visto. Melanie marcou mentalmente no calendário o dia em que estaria sobre o corpo do tenente. Não demoraria muito.

— Cala a boca, Melanie! — Violet respondeu, rindo. — Não é nada disso. Conheço meu pai. Acha que, apesar de tudo, sou frágil demais. Tenho pena deste soldado, obviamente ele não quer estar aqui comigo. Meu pai é ridículo, mexeu os pauzinhos e tirou um homem de seus afazeres para cuidar de mim. Praticamente está roubando recursos para benefício próprio.

— Como se você não conhecesse seu pai, Violet. — Ela conhecia. Amava o pai e sabia que ele era suficientemente protetor, a ponto de enviar um homem altamente treinado para cuidar dela. Precisava ligar para ele, havia dias que não se falavam.

Jeremy Bates fez o que pôde para cuidar da filha depois que Laura, sua esposa, morrera. Violet amava o pai e não tentava entender como alguém poderia ser tão ausente e superprotetor ao mesmo tempo. Ela certamente não gostava de pensar em seu autoritarismo, mas ligava isso a sua carreira militar.

A verdade era que Violet sempre tentava encontrar justificativas para tudo o que as pessoas faziam. Bom ou ruim, ela sempre tinha uma palavra para proteger, mesmo aqueles que não conhecia. A inocência dela preocupava Melanie, alguém tinha que se preocupar com Violet, afinal. Aquilo era o mínimo, já que estava sempre preocupada com os outros.

— Eu sei, eu sei. — Vi concordou com a amiga e se aproximou da porta. Ela olhou de soslaio para a dupla, que ainda conversava, concentrada. Percebeu que o tenente Kendrick agora carregava uma grande mochila nas costas. — De qualquer forma, estou apenas com pena do soldado.

— Tenente! — corrigiu a loira, imitando o grande e simpático Thomas McCarthy.

— Que seja — desdenhou da correção. — Tenho pena do Kendrick. Está aqui e aposto que é contra a sua vontade. Veio somente para me proteger. O mínimo que posso lhe oferecer é minha amizade, além de ser cordial com ele.

— Uhum. É... o máximo. — Violet não teve tempo para responder a gracinha da amiga. Os homens começaram a andar em direção a elas, então se manteve calada.

— Com licença, senhoritas. — Começou Macon, educadamente. Violet o observou e lhe enviou outro sorriso, mais tímido desta vez. Apenas para o lembrar que desejava paz entre eles.

— Pois não, tenente?

— Trouxe as minhas coisas e gostaria de saber onde é o dormitório. — Ninguém ouviu, mas foi audível para Macon quando ele engoliu em seco. Sua boca estava seca, seus batimentos, acelerados, e algo dizia a ele que não era por culpa do clima seco.

— Bem, eu... — A médica sentiu seu rosto quente e sabia que estava corando furiosamente, só não entendia o motivo. Havia acabado de conhecer aquele homem.

Talvez Melanie tenha razão, ela não é a única que está precisando transar.

Piscou imediatamente, se odiando pelo pensamento. O que estava acontecendo?

— Fica na última porta, à esquerda. Eu e Melanie podemos dividir o mesmo quarto, e você fica com o meu. Podemos dividir a mesma cama, certo, Mellie?

— Claro! — Melanie apressou-se em dizer. Mas, por dentro, queria morrer. Como diabos dividiria a cama de campanha minúscula com a amiga?

— Não é necessário, senhorita. Tenho tudo que preciso para dormir confortavelmente aqui. — Deu duas batidas na grande mochila que carregava nas costas, e Violet assentiu sem querer discutir.

A moça então resolveu levar seu protetor ao quarto em que ficava. Abriu a porta para Macon e esticou o braço para que ele entrasse.

— Pode ficar à vontade. O banheiro é logo no corredor. E temos esse varal, onde podemos colocar um lençol para dividir o local e lhe dar alguma privacidade. Eu o uso para estender as minhas roupas aqui dentro. Se eu deixar lá fora, as crianças pegam e... — Estava divagando. Calou-se e suspirou. — Ou ainda posso ficar com Melanie. É no quarto ao lado e... Acho que é mais confortável para nós dois... — Foi a vez de Violet engolir em seco.

— Temos que ficar juntos. — Macon foi categórico. Ela o olhou, meio assustada. — Para o caso de acontecer algo.

— Nada aconteceu comigo até hoje. Estou aqui há seis meses.

— Seu pai me enviou porque está preocupado.

— Por que não enviou antes? — desafiou, um pouco brava. Era uma pergunta plausível, afinal de contas.

— Meu palpite é que ele descobriu que você não estava mais atendendo na base, mas fora dela. E estar fora da base é mais perigoso.

O perigo estava em qualquer lugar. Na base, inclusive. Era certo que havia outras mulheres lá, mas eram minoria. Os soldados eram fortemente avisados sobre o respeito às mulheres, fossem oficiais ou voluntárias, mas a fama do capitão Morth de que não tinha pulso firme e gostava de uma farra também era conhecida, o que preocupou Bates por muito tempo.

— Isso é simplesmente ridículo, ele não pode me fazer voltar, então enviou você.

Concordo! Ele poderia apenas ter ordenado que você voltasse para casa e me pouparia dessa miséria toda, mas você é teimosa, e ele realmente não tem um argumento forte para fazê-la voltar, Kendrick pensou enquanto ignorava o fato de que a garota estava olhando para ele enquanto arrumava suas coisas no canto do pequeno quarto.

— Eu diria que ele está um pouco furioso por não poder fazer nada, você trabalha para o Médicos Sem Fronteiras. E embora tenham o respaldo das forças armadas americanas aqui, ele não pode interferir no seu alistamento, nem pode exigir que te mandem de volta. A organização não é governamental.

Ela deu de ombros, como se não fosse grande coisa. Macon olhou diretamente nos olhos de Violet e deixou um sorriso charmoso escorregar em seus lábios.

— Você sabia de tudo isso quando se voluntariou, não? — questionou, mas era uma pergunta retórica, e o sorriso que Violet lhe deu em troca apenas confirmou. — Deixe-me adivinhar: você quis prestar as provas para ser médica militar, e seu pai não permitiu, então resolveu apelar para o MSF.

— Só não imaginei que ele mandaria você para me proteger — bufou e sentou-se na cama, de frente para Macon.

— Ele confia em mim — respondeu, sucinto.

— Mas o que ele está fazendo é errado. Você deveria ser designado para...

— Eu sei exatamente quão errado é isso, acredite, doutora — interrompeu-a. — Mas aqui estou, e... temos que ficar juntos.

A forma como ele falou aquilo deixou Violet um tanto desconcertada. Seu rosto corou em um tom vermelho brilhante, e ela se sentiu patética. Não era uma menininha, mas tinha algum tempo desde que se interessara por alguém. E Kendrick era realmente lindo. O cabelo bem cortado, em estilo militar, os olhos verdes, profundos e brilhantes, adornados por grossos cílios castanhos. A barba estava feita. Seu corpo era grande e largo, pelo pouco que a farda camuflada mostrava.

— Mas...

— Doutora. — Uma sobrancelha dele se ergueu para ela. — Está tentando dificultar o meu trabalho? — Violet negou rapidamente, tentando não ficar muito deslumbrada com o sorriso sarcástico do homem. — Ótimo, é imprescindível que estejamos juntos.

Não, boneca! Ainda não estou flertando com você., Macon pensou ao perceber o rubor da moça e se segurou para não rir. Tudo bem, nada foi dito sobre eles ficarem no mesmo quarto, mas foi mais forte do que o tenente, e ele não sabia direito o porquê. Dizia para si que era para a proteção da moça, mas sua atração por ela era categórica ao dizer que suas atitudes tinham outro motivo.

— Digo, tenho que ficar com você para protegê-la. Seu pai acha perigoso ficar fora da base e das instalações da ONG, ele me pediu um favor... — ordenou, na verdade. Mas o tenente não diria isso a ela. — E estou aqui para ajudar, e não atrapalhar.

Soltando os ombros e parecendo se render, a moça assentiu, cansada de discutir sobre a sua segurança. — Fosse com o pai, sempre que se falavam, fosse com o segurança que havia sido enviado para ficar no seu encalço.

— Eu providenciarei um lençol para dividir o quarto e nos dar alguma privacidade — informou a ele, procurando colocar objetividade naquele arranjo estranho. Macon assentiu enquanto começava a desabotoar sua gandola. Violet pensou que ele devia estar morrendo de calor dentro daquela casaca grossa de tecido do exército.

Ele tirou, do bolso interno, o boné dobrado e jogou em cima da mochila, e logo deixou a gandola escorregar por seus braços fortes e bem tonificados. A pele dourada dizia que ele esteve um bom tempo no sol, talvez em uma missão, talvez de férias. A camisa regata branca só deixava Macon ainda mais sexy, destacando-se na pele dourada. As placas de identificação descansavam na corrente em seu peito apenas para completar todo o estilo militar do homem.

A médica não costumava dar muita atenção para os soldados, com exceção de James Newton, que sempre estava na estação para entregar mantimentos e ficava mais tempo do que o necessário para tomar café, conversar e flertar. James era o único que tinha coragem de se aproximar de Violet, por ela ser filha de quem era. Mas embora fosse bom para o ego, ele não tinha despertado nada na mulher. James a convidava para passear, procurava se insinuar com toques e até tentou beijá-la uma vez. Ficou um pouco estranho no momento, mas ele resolveu fingir que a tentativa de beijo nunca havia acontecido e se manteve inofensivo.

Piscando algumas vezes e tentando tirar os olhos do belo tenente enquanto se levantava da pequena cama, Violet virou de costas para ele e passou a redobrar algumas roupas, tentando não mostrar como ficou afetada pela presença daquele homem em seu quarto.

Isso é ridículo, ele pode muito bem ficar no quarto ao lado.

Claro que ele poderia. Se ela fosse mais persuasiva, sabia que conseguiria convencê-lo. Mas ela queria?

Deixa para lá!

— O chuveiro é frio. Procuramos tomar banho cedo ou esquentar água quando precisamos tomar mais tarde, e à noite costuma ser mais frio. — Resolveu continuar falando do funcionamento da casa e do seu dia a dia.

— Por mim, tudo bem, doutora Bates. — Ouviu Macon dizer enquanto continuava a arrumar suas coisas. — Eu não tenho muita roupa civil aqui comigo, você está bem comigo usando calça e camisa?

Sem parar de mexer em suas roupas, ele virou o rosto, tentando encontrar a resposta da médica. Violet era dona de uma beleza simples, encantadora, ele diria, quase angelical, mas não era uma mulher arrebatadora. Isso era mais para a sua amiga, Melanie. No entanto, aquela mulher pequena, de corpo esguio e curvas discretas, tinha roubado o seu fôlego. Ele estava ferrado.

— Posso te pedir que me chame de Violet ou Vi, como Melanie me chama? Eu me sinto mal sendo chamada todos os dias de doutora.

— Como quiser — resmungou enquanto ia para o canto vazio do quarto, analisando a janela enquanto esvaziava a mochila despreocupadamente.

— Bom, posso chamar você de Mac?

— Macon, você pode me chamar de Macon — respondeu sem fitá-la. 

— Tudo bem.

Mas que diabo de homem tenso... E lindo!

Pensou ela enquanto olhava atentamente o tenente contra a luz brilhante do sol de Ruanda, que já estava mais fraco. Em breve a noite chegaria.

— Antes que eu me esqueça... — Macon estendeu para Violet uma carta, ela olhou para o papel por um longo momento, tentando entender o que era aquilo. — É do seu pai, ele pensou que talvez quisesse confirmar a minha história. — O homem torceu a boca em desaprovação. — Você não tem muito senso de preservação, não é?

O tom de Macon era de reprovação, e Violet queria bater em sua testa por ser novamente tão inocente. Ela sequer questionou a história dele, e o homem dormiria no mesmo quarto que ela pelos próximos meses. Envergonhada, pegou o envelope de sua mão e o abriu com receio.

Violet,

Já que você se nega a voltar para casa ou discutir por telefone, estou enviando o tenente Kendrick. É um homem de confiança e que estará ao seu lado para protegê-la. Faça o que ele diz, por favor. E se eu puder pedir mais uma vez, volte para casa.

Seu pai.

— Se quiser ligar para ele e confirmar, a levarei até a base para que possa...

— Não há necessidade. — Cortou o tenente, se aproximando e mostrando o papel para ele. — É a caligrafia dele, e aqui... — Apontou para o canto superior direito da folha, onde quatro pontos de caneta foram feitos. — Vê? Ele sempre toca a caneta no papel no canto superior antes de começar a escrever, assinar ou ler um documento. É uma mania, mesmo quando eu era criança, e ele corrigia a minha lição... bem, quando ele corrigia a minha lição de casa, ele fazia estes quatro pontos no canto do caderno.

Violet falou com tanto carinho do pai, que Kendrick chegou a duvidar que realmente falavam do mesmo homem. O coronel não era conhecido por ser um homem fácil de se lidar, por outro lado, sua filha falava dele como se fosse um bom pai.

Todavia Macon já havia percebido a ingenuidade da mulher, assim era compreensível que ela visse o lado bom de tudo.

— Então estamos bem. — Macon soltou um pigarro e se afastou dela e da carta.

— Sim, estamos... — Dobrou a carta e levou até a sua própria mochila, guardando-a. — Preciso fechar a estação médica, à noite, uma de nós fica de sobreaviso, mas mantemos o espaço fechado durante a noite. Qualquer doente é enviado para a base, por ordens da ONG. — Deu de ombros, frustrada por não poder atender dia e noite.

— Tudo bem, irei com você. — Macon se prontificou, já andando para a porta.

— Não há necessidade... — Violet se apressou em dizer, mas o olhar de Macon fez com que ela se calasse. — Eu só espero poder tomar banho sem ter você no banheiro comigo, Macon — resmungou, passando por ele e andando rapidamente até o pequeno ambulatório, anexo à casinha. Os lábios do tenente se contraíram com humor enquanto tentava não imaginar um banho a dois.

Seria difícil para ela se acostumar com alguém no seu encalço o tempo todo.

Mesmo que esse alguém seja tão... atraente, pensou enquanto os conduzia para fora do quarto.

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