Humanos, vampiros e outras criaturas sobrenaturais vivem em "harmonia" no país de Khrona. Mas nem tudo é o que parece. Rumores surgem de que as raças estão se estranhando em busca de mais poder e controle. Em meio a tudo isso, alguns ainda possuem esperança. Tudo porque aguardam uma salvadora, a garota descrita na profecia de selamento da paz. A detentora de poderes de alguns ancestrais sobrenaturais, aquela que trará equilíbrio. Aquela que será chamada de Sublime e trará em vida toda mudança necessária para dissipar toda maldade. Vampiros, lobisomens, bruxos e humanos. Como equilibrar esses mundos? Ela é a resposta. Ela é a solução. Ela é a Sublime. Essa história é dividida em duas partes emocionantes. Vem conferir!
Ler maisKhrona, 1701.
O país de Khrona nem sempre foi essa calmaria toda. Na batalha de cem anos atrás, conhecida como Guerra das Espécies, muito sangue foi derramado. Todos queriam poder; ninguém cederia ou aceitaria um diálogo.
Mas aquilo teve um fim. Ou achavam que teve.
Kézia Rostoff, a bruxa conhecida como Olhos Videntes, teve uma visão sobre uma salvadora. Uma mulher que deveria herdar poderes dos principais seres sobrenaturais e restaurar o equilíbrio para a sobrevivência harmônica de todas as espécies.
Só acreditaram no que a bruxa viu porque ela era conhecida e respeitada. Uns diziam que suas visões eram divinas; outros, maldições.
No mesmo dia, as espécies assinaram um selamento de paz em nome da salvadora que viria com uma marcação no corpo avisando assim que era encarregada de manter a paz.
Anos se passaram... Para ser mais exata, um século.
Uma sensação de insegurança se apoderou das espécies. Rumores de que a visão de Rostoff era falsa e de que a paz sem um líder maior era volátil demais.
Homens, vampiros, lobos e bruxos não se olhavam mais com respeito. Cada um tinha receio do que o outro estava a tramar. As coisas pareciam frágeis e o medo, principalmente nos humanos, passou a ser presente.
Ali, no sul de Khrona, Diara segurava nos braços sua filha recém nascida. Layla nasceu com uma marca nas costas, algo parecido com um grande mapa. Diara era bruxa e sabia o que aquela marca significava. Otto, marido de Diara, era vampiro e também estava temeroso com o que estava diante dos seus olhos.
Layla era a garota da visão de cem anos atrás. Ela nasceu pra restaurar o equilíbrio.
–Não posso continuar frequentando as reuniões do clã Sartori...–Otto expressava todo seu nervosismo. –Se souberem da existência da Layla... Vão matá-la.
–Eu sei, eu sei...–Diara acariciava a cabeça da sua filha. –Precisamos nos afastar, Otto. Layla é a esperança de uma nação, é a nossa esperança. Precisamos protegê-la custe o que custar.
Diara e Otto mudaram-se para a região mais pobre de Khrona. Lá, a maioria eram humanos e daria para esconder Layla por um tempo. Eles sabiam que não esconderiam a garota para sempre.
Layla tinha os olhos pretos, cabelos negros, escorridos e pele branca. Aqueles olhos com certeza mudariam. Era a certeza que Daria e Otto carregavam consigo.
Uma bruxa do clã Vallency, mesmo clã que Kézia e Diara pertencia, teve uma outra visão. Nessa nova visão coisas terríveis acontecia com a garota salvadora, muita dor e sangue eram vistos. Ela nasceu destinada a um homem de uma das espécies e sofreria por isso.
Com medo e querendo proteger a todo custo a garota, a bruxa permaneceu calada sobre a visão. Assim, a protegeria de quem quisesse lhe fazer mal.
Khrona, 1709.
De frente a um lindo bolo, Layla assoprou as oito velinhas que o enfeitavam. Nunca foi uma garota cheia de amigos, mas os poucos que tinha estavam ali. Isaac, Rael, Maisha e Violet.
–Qual pedido você fez, Lay?–Curiosa, Violet perguntou em voz alta.
–Que possamos brincar tranquilamente nas ruas sem ter medo de um possível ataque.
Diara ao escutar aquilo, sentiu-se emocionada. Sua filha realmente tinha sede de paz. Após cortar o bolo e todos serem servidos, a festinha acabou. Eram só 16hrs, mas não era mais indicado estar na rua perto de escurecer. Boa parte dos moradores são humanos e temem qualquer ataque.
–Toma, Layla.–Rael entrega nas mãos da garota um colar simples. –Fiz pra você. Espero que goste.
Layla abraçou forte Rael e agradeceu. Como era uma área muito pobre, não tinham muitas condições de presentear, mas o gesto de Rael tocou-lhe o coração. Depois que todos foram embora, Layla correu para junto dos pais. Diara estava grávida quase perto de ter o bebê e sentia-se sempre cansada.
–Mãe, por que eu tenho uma marca nas costas? Ninguém tem uma igual na escola, aposto.
–Você mostrou isso a alguém, Layla Dominic?–Diara sentiu seu corpo tremer.
–Não, mamãe. Não teria coragem. Só quero saber o porquê disso em mim.
Otto, que segurava uma xícara de chá quente, chamou a filha para seu colo. Layla começaria com os questionamentos e não pararia até obter respostas. A fase mais complicada tinha chegado.
–Essa marca é um sinal, pequenina. Ela te faz única, especial. Mas não é pra ninguém ver ou saber além de nós. Entendeu?
–Tá, tudo bem. –Layla desce do colo do pai. –Vou comer mais bolo.
Layla caminhou até a cozinha e se direcionou até o bolo. Ela pegou a faca e desajeitada acabou cortando o dedo. Quando Layla pensou em gritar de medo, a ferida cicatriza rapidamente diante dos seus olhos. Diara aparece na cozinha e se assusta ao ver sua filha com os olhos vermelhos.
Diara toma a faca da mão de Layla e observa os olhos da garota retomar o preto de sempre. Layla estava começando a ativar seus poderes sem querer e isso era uma péssima notícia.
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EpílogoAlgum tempo depois...Ayla estava com dois anos e três meses, corria sapeca pela casa enquanto Leyla estudava pelo computador. Se não fosse a babá nem sei o que seria da pobre mamãe estudante.Assim que acabou a aula, Leyla fecha o computador e sente-se um pouco enjoada. Vai até a cozinha, toma um copo enorme de suco e vai atrás da sua filha pimentinha.Os dias ultimamente eram assim; Leyla se dividia entre estudar e ser mãe. Álvaro sentia orgulho do quão esforçada Leyla era.Na hora do almoço, Leyla dispensa a babá e dá a comidinha de Ayla. Era um dos seus momentos prediletos. Só que o barulho do carro de Álvaro entrando na garagem faz a menina sair correndo para a porta principal.E lá estava Álvaro entrando e sendo recebido aos gritinhos por sua filha. Leyla caia na risada toda vez que isso acontecia porque seu marido era obr
☆Leyla Drummond☆O que é sublime para você?Alguns definem como algo que transcende o humano, que não é ordinário, comum, mundano.Que expressa um grau elevado de excelência ou de distinção, extraordinário.Nem todas essas definições conseguem expressar o que eu sinto agora ao olhar para a minha filha.Ela é sublime.Eu? Eu sou tão insignificante que essa definição já não me cabe. Será que Indrya me chamou assim por também me ver com esse mesmo olhar?Olhar de uma mãe para uma filha. O olhar mais sublime que existe. Um olhar genuíno.Ayla é a concretização da paz que eu precisava. Dar paz à Khrona na vida passada tirou a minha paz.E sabe o quê mais?Eu não poderia estar mais feliz e grata por tudo. Arriscaria dizer que eu passaria tudo de novo só pra olhar para essas bochechas, alisar esse rostinho
♤Álvaro Salvatore♤Algum tempo se passou e muita coisa mudou. Meu irmão saiu de casa e foi viver com Lavínia e seu filho. Apesar da forte decepção com nosso pai, ele está radiante. Está sendo um pai totalmente atencioso e amoroso com o Àdryan.Ingrid engatou em um relacionamento com o Vinicius. Eu já não aguentava mais de enrolação. Na verdade ninguém mais da família aguentava.Meu pai continua tentando contato com o Jhon, mas ele não o perdoa. Foi muito difícil para nossa mãe conseguir convencer Jhon e Lavínia a permitir que ele veja o Àdryan. Jacques amarga o que fez, mas aceita todas as repreensões de cabeça baixa. Vai demorar um tempo para todos digerirmos, afinal.Eu voltei a trabalhar na empresa e inclusive hoje largo mais cedo. Minha quase esposa, porque nos casaremos muito em breve, está no final da gestação. Fico com medo dela precisar de mim ou de alguma coisa mais complicada.
Bônus 》Jhonatas Salvatore《Aguardei Álvaro tirar a namorada da mesa e logo ele retornou. Não entendi todo esse espanto e mistério. Se o nosso pai teve outra família fora do casamento eu apenas não quero mais falar com ele. Faço questão de tirar minha mãe dessa casa e morar com ela em outro lugar. Humilhada minha mãe não fica.-Estou esperando vocês falarem.-Falo aflito.-Filho, não tem nada de outra família.-Meu pai começa.-Eu não faria isso com sua mãe. Não se preocupe. Peço apenas que me escute.Assinto voltando a sentar. Na verdade agora todos estamos sentados. Mas o clima ainda me assusta. Parecem que vão dizer que alguém está enterrado no nosso porão.E calmamente, meu pai começa a narrar tudo e de início eu não entendi o porquê ele começou a falar de mim. Mas o deixei continuar.E para meu espanto essa conversa foi ficando mais esquisita. Começou falando d
☆Leyla Drummond☆Eu estava tão leve e sorridente. Não tinha ideia de que me sentiria assim quando tudo isso se resolvesse.Depois que minha mãe descobriu e me acolheu, foi o momento de contar ao meu pai. Naquele mesmo dia, quando ele voltou feliz por ter vendido sua vitrola velha, ele descobriu por mim que iria ser avô.Ele me ouviu, ficou em silêncio por no mínimo quatro minutos e depois foi para o seu quarto. Minha mãe me tranquilizou dizendo que iria conversar com ele. Eu chorei, mas procurei ficar bem.No outro dia ele conversou comigo normalmente. Me deu algumas broncas, mas me disse que estava feliz. A reação dele não foi das melhores quando contei que o pai do bebê era filho do patrão dele. Ele me falou dos medos de ser perseguido no trabalho e que queria conversar com Álvaro em um jantar na nossa casa.Meu pai não ficou chateado, mas expôs seus medos e
♤Álvaro Salvatore♤Aquela ida à farmácia foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Agora, dentro do meu quarto, encaro o teto totalmente absorto.Eu vou ser pai.Layla me perdoou.Eu não tenho ideia de como tocar minha vida a partir de agora, mas tenho absoluta certeza que minha mulher e meu filho não sairão nunca mais do meu lado.Alguém bate à porta me retirando dos meus pensamentos mais felizes. Eu nem consigo esconder minha voz de empolgação e alegria quando autorizo a entrada de quem quer que bateu.-Vim ver se está tudo bem...-Minha mãe senta à beira da cama.-Você parece muito feliz.-Mais surpresas estão chegando, mãe.-Acaricio seu rosto.-Podemos fazer um jantar quinta-feira? O John estará aqui e eu gostaria de apresentar alguém.-Namorada?-Empolgada, ela ri de forma engraçada.-Talvez.-Levanto da cama indo
Último capítulo