Álex é um garoto com uma personalidade muio forte. Desde muito novo sempre teve que trabalhar e ajudar no sustento de sua família. Seu pai, Sebastião Olivier, era zelador no melhor colégio particular da região de sua cidade. Seus 4 filhos, Álex, Sofia, Fernanda e Afonso são bolsistas no colégio, onde Álex, por ser o mais velho, sempre sofreu severo bullying pelos garotos ricos do colégio. Álex não tinha como lutar de igual para igual com os garotos ricos. Todos eles eram extremamente zombadores, mas principalmente de Álex. Mas, algo estava para mudar na casa da família Oliviére depois de um misterioso telefonema no meio da madrugada.
Ler maisÁlex acordou com o telefone tocando durante a madrugada na pequena casa da família Olivier. Levantou assustado e saiu do quarto onde dividia com mais um pequeno irmão de oito anos de idade, 10 anos mais novo que ele. Afonso era um daqueles moleques “endiabrados” e quando acordou, também com o barulho do telefone tocando, já foi logo perguntando “quem deveria ser o desavisado que ligaria a essas horas”.
Logo que foi para a sala, seu pai, Sebastião Olivier, atendia ao telefone com “cara” de sono. Sua mãe, Fátima, já estava de pé, com as duas filhas também a “tiracolo”. Sofia, a mais velha com 17 anos e Fernanda, a anterior a Afonso, que tinha 12, quase completando 13 anos.
- Alô! – disse o patriarca da família. – Quem fala? ... Sim, ele mesmo! Pois não! – ia dizendo, o pai, olhando para todos que gostariam de estar escutando também o que estava sendo falado ao telefone. – Sim, é meio tarde, mas de manhã eu estarei aí... Sim, até logo! Obrigado!
Sebastião desligou o telefone. Todos o olhavam.
- Não acredito nisso! – disse ele passando as mãos sobre o rosto sonolento, todo enrugado e meio “passado” com a notícia que acabara de receber, embora mantivesse completamente a calma, como era de seu costume.
- O que aconteceu Sebastião? – disse sua esposa se agasalhando em seu roupão de cor extremamente desbotada e velha.
- Meu Deus! – disse passando a mão sobre sua cabeça desprovida de cabelos. – Meu Tio... Sebastião... Está de cama e quer me ver! – disse calmo, porém com espanto em seu rosto.
- Nossa! – disse sua esposa – O Seu Tio Sebastião? Seu tio rico, que por causa dele seu pai colocou o mesmo nome em você?
- É, mas ele não é mais rico! Pelo menos foi assim que seu advogado disse agora ao telefone. – respondeu secamente.
- Que pena! – disse Álex. – Por um segundo minha vida mudou, mas voltou ao que era antes no segundo seguinte. – deu uma pausa. - Será que nossa família sempre vai ficar “nessa”? – disse asperamente e foi para seu quarto.
- Ei! Não fale assim garoto! Ele pode estar pobre agora, não deixando herança pra ninguém, mas ele é da família, se você escutasse o que eu digo, teria muitas boas qualidades! – disse seu pai.
- De boas ações eu já estou cheio! – disse ele parando ainda de costas ao meio do corredor que levava ao seu quarto. - Basta eu aguentar todas as provocações que sofro no colégio! Só por ser diferente! Ah! Esqueci! Eu não sou diferente! Eu sou pobre! – disse ele ainda se mantendo de costas e entrou em seu quarto.
- Este garoto deve ter problemas insuperáveis. – disse a irmã mais nova, Fernanda, que era uma falsa “patricinha”.
- Cala a boca Fernanda, já sofremos demais por você nem nos cumprimentar no colégio! – disse Sofia, a irmã mais velha, enquanto ia para o quarto continuando a discussão com sua irmã mais nova.
- Meus filhos! Pelo menos vocês têm um ótimo colégio que não conseguiríamos pagar se não fossem suas bolsas! – disse Fátima, a mãe de todos e a juíza que calmamente interferia nas brigas que certamente aconteciam naquela casa, pelo número e gênios dos filhos.
- Detesto ter que concordar com Álex, mas, ele está certo Fátima. – disse o Pai cabisbaixo indo sentar a uma poltrona. – Nossa família sofre de “má sorte”. Desde a época da fábrica que era de meu pai, junto com o Tio Sebastião. Nunca mais meu pai foi o mesmo desde que brigou com ele. É uma sina!
- Não fale assim Sebastião! Nós vivemos dignamente, você trabalha no melhor colégio desta cidade, conseguiu bolsas para todos os nossos filhos, sustenta a casa de forma completamente equilibrada. Não precisa se preocupar! – disse sentando-se no braço da poltrona em que seu marido estava.
- Sim, tem razão, mas uma coisa que aprendi na vida, é que, às vezes, as outras pessoas estão certas. E no caso, Álex está! – disse e olhou para o filho caçula. – Afonso, vá se deitar. Sua aula começa cedo amanhã. – terminou ele calmamente passando a sua mão ao rosto.
- Eu não gosto daquele colégio! Todos eles são um bando de esnobes e falsos! – disse e foi para o quarto, pisando alto como se “fizesse” bravo de hora para a outra, nem imaginando o que havia falado, simplesmente tendo copiado seu irmão mais velho que, vez ou outra, em discussões com seu pai, falava dessa maneira.
Afonso, por incrível que pareça e mais pela idade, era o xodó dos alunos de sua sala. Era o “piadista, divertido e arteiro” menino que levava todos os seus amigos para o “mau” caminho. Aprontava com os colegas, com professores e até com os alunos mais velhos que ele. Um “terror” e com certeza era o único que não se preocupava em ser pobre. Todos os outros alunos de sua idade o “idolatravam”, diferentemente de todos os outros ali naquela família e que frequentavam o mesmo colégio.
Álex, o mais velho, é de um “gênio forte”, assim como seu avô, como dizia Sebastião sem que ele estivesse por perto. Sebastião dizia isso às vezes até sorrindo, pois sempre admirava a força de seu pai, que havia passado para seu filho, embora fosse obstinado em fazer sempre de seu jeito. Álex usava um “bom” corte de cabelo o que incentivava outras pessoas a pensarem que poderia ser um delinquente juvenil, porém, muito inteligente sempre. Trabalhava para ajudar a pagar as suas próprias despesas.
No outro dia Álex estava muito quieto e pensativo, quase não falou na mesa do café, somente o essencial. Terminaram e desceram, pegaram a Cadillac Escalade e os três foram para o colégio. Lá chegando, Álex encontrou com Douglas que agora parecia muito diferente do que era antes. Nem andava mais tão almofadinha. - Oi Álex! – falou ele secamente. - E aí? – respondeu Álex. - Falou com ela? – perguntou Douglas. - Não! Ela nem quis falar comigo. Eu vacilei mesmo nessa, não é? – disse Álex visivelmente triste. - É! Eu sei. Depois daquilo tudo que disse. – falou Douglas se afastando de Álex. Logo, Rose chega com Marcela. Álex percebe e vai atrás, Cláudio mais atrás os observa. - Rose! – chama Álex, mas Rose continua andando. – Rose! Por favor, espera! - Álex! Deixe-me em paz! Você já não falou o suficiente do que acha de mim? Ou quer acrescentar mais alguma coisa? – falou Rose virando e ficando cara a cara com Álex. -
- Poxa vida Álex! Você fez tudo parecer perfeito! – disse Cláudio ainda saindo do clube. - Não Cláudio, ainda não acabou! Está somente começando! Vai ver! – disse entrando no carro e Sofia ao seu lado. Sérgio foi com Cláudio no outro carro. Chegando ao bar em que costumavam jogar sinuca, Sérgio começou a conversar com Álex também. - Álex! Você é louco assim mesmo ou somente quer chamar a atenção? - Que isso Sérgio! Sou assim mesmo. – disse ficando em silêncio em seguida. – É que na verdade Sofia e eu sempre fomos de família humilde. Simples mesmo. Fomos humilhados durante muito tempo dentro do colégio. – disse já quase na entrada do bar. – Me tornei rico depois que meu pai fez as pazes com o meu Tio. Não sabia que a família Oliviére sempre foi “cheia da grana”. Mas, deixa isso para lá! Vamos curtir um pouco hoje! – disse dando tapinhas no ombro de Sérgio. – O que prezo é a simples e verdadeira amizade. E todos respeitando todos como são. Curti
Esperando Sofia aparecer, agora com os mesmos trajes que Álex, Cláudio ainda perguntava a ele o que estava tramando ainda sentados nos grandes sofás da sala da cobertura. Sofia aparece e pegam o elevador. Cláudio, não obteve resposta até o momento que desceram para a garagem do prédio. Somente um sorriso “endiabrado” via-se ao rosto de Álex. Chegando novamente no sexto andar, Douglas, agora acompanhado de sua mãe, entrou no elevador. - E aí pessoal? – disse ele com esnobe total e sua mãe fechou a cara. – Viram como seu carro fica feio perto dos carrões importados que chegaram hoje? – disse ele em tom de sarcasmo. - O seu Golf também ficou bem feinho perto deles, não é? – disse Cláudio gargalhando. - Vocês podem até terem dinheiro suficiente para morar nesse prédio! – disse a mãe de Douglas mostrando de onde ele puxou aquele jeito afetado. – Mas, como meu filho disse, o seu carro não pode parar aqui dentro! Faz muito barulho e acorda a todos qu
Continuaram a conversar com o barman sobre os frequentadores do clube e que estudavam no mesmo colégio que eles. Descobriram, afinal, que a maioria dos alunos do colégio eram frequentadores assíduos do clube. Em si, a conversa tomou outros rumos e Álex permaneceu quieto e apenas demonstrava ouvir a conversa entre Cláudio e Sérgio. - Você está armando alguma coisa aí dentro de sua cabeça, não é Álex? – perguntou Cláudio. - Estou apenas pensando. – retrucou Álex. – Vamos dar uma volta por aí? – finalmente decidiu-se. Chamaram Sofia que ainda estava na piscina conversando com algumas garotas e alguns garotos. Talvez contando por que era tão quieta na escola ou conversando outros assuntos não interessantes. Chegando à portaria, um dos seguranças já o reconheceu como sendo o dono daquele clube, dizendo: - Me desculpe Senhor! É o Sr. Alexandre Oliviére? - Olivier! – retrucou Álex. - Me desculpe, mas já fiquei sabendo que é o novo pro
Os jovens ficaram ainda um bom tempo ali. A maioria deles, que ficaram até o fim, se tornaram amigos de Álex, embora não tinham nenhum problema com a turma de Jeff. Álex e Cláudio entraram em seu carro e foram em comboio embora com todos os novos amigos. Rumaram para o centro e cada um que virava para ir embora dava sinais com as setas e buzinas. Chegaram ao prédio e entraram. O carro realmente era barulhento ao extremo naquela garagem, de forma que riram achando que tinham acordado a todos os moradores. Tomaram o elevador e assim que chegaram foram recepcionados por Sofia que acabara de acordar, fazendo-se certeira a afirmação na garagem. - Como foram? Venceram? – disse com voz de sono e um bocejar. - Sim! Ganhamos! – disse Cláudio mais empolgado do que Álex. - Legal! Vou dormir, amanhã tem aula. Boa noite! – disse a irmã, mais desanimada do que um “domingo”. - Álex! Estou cismado. – disse Cláudio enquanto seguia Alex até a cozinha. – Ou você
Já era por volta das 11 horas da noite de uma bela terça feira. Em alguns momentos as pessoas estariam esperando na fábrica abandonada, onde iria acontecer uma corrida imprevisível. Álex terminava de sair de seu quarto e encontra com Cláudio sentado ao sofá da sala da grande cobertura. Sofia estava com ele. - E o que acha que vai acontecer Sofia? – perguntou Cláudio sem ao menos perceber a chegada de Álex. - Não sei Cláudio. Mas, espero sinceramente que meu irmão vença. Ao mesmo tempo, espero que pare por aí essa vingança. É só o que tenho medo. – disse Sofia. - Você não entende, não é? – disse Álex se mostrando presente logo atrás deles. - É assim que eu penso Álex. Desculpe-me se eu penso de forma diferente de você! – disse Sofia se levantando e os dois viram que ela estava de pijama. – Já está bom! – disse ela quando passava perto de Álex. – Somos ricos e temos tudo o que sempre desejamos e o que desejarmos podemos comprar! Não importa mais esses c
Último capítulo