- qual seria a casa que você gostaria de viver? - ele me questionou em uma tarde ensolarada enquanto nadavamos no lago.
- eu já tenho uma casa.
- sabe bem do que eu estou falando. - revirei os olhos, e após algum tempo pensei bastante.
- talvez uma casinha de madeira na montanha, cercada por pinheiros, que não ficasse muito longe do riacho. E que tivesse um bom espaço para que eu pudesse plantar várias flores. - ele sorriu enquanto acariciava meu rosto.
- e o que mais?
- talvez três quarto, dois para as crianças. - ele parou por um instante e me fitou, eu não entendi bem sua expressão. Não parecia feliz.
- por que você fez essa cara?
- eu não fiz nenhuma "cara."
- fez sim, quando eu falei de crianças.
Seu silêncio foi uma tortura, toquei sua bochecha.
- Eriel, pare de esconder as coisas de mim. - ele suspirou e desviou a atenção de mim.
- eu não acho que quero filhos, nunca.
- mas... Por que não?
- por conta do que eu sou Amerie, eles podem nascer como eu. E eu não desejo