Passamos a noite caminhando pela floresta fria e escura, a tocha que eu segurava já havia se apagado há muito tempo. Lizibeth me lançava olhares furtivos a todo instante, enquanto o noturno andava apressado mais a frente. Parei por um instante, meus joelhos doíam. E eu já não podia mais ouvir os gritos há algum tempo.
- por que você parou?
- estou exausta, nós duas estamos.
- não me diga, eu não me importo. Apenas... Andem! - olhei para ela de relance.
- o dia já está nascendo, podemos parar um pouco para beber água?
- está vendo algum rio aqui?
- eu estou ouvindo, parece ser água corrente. - ele se voltou para Lizibeth.
- certo, vão indo. - começamos a seguir o som da água, e após alguns minutos encontramos um lago cristalino no meio da floresta. Foi um grande alívio, me ajoelhei bebendo o máximo que podia. Lizibeth fez o mesmo, se juntando a mim.
O noturno se manteve atrás de nós, vigilante e desconfiado.
- temos que agir agora. - ela sussurrou tentando não levantar suspeit