Canary estava com seus olhos fechados, não dormindo, mas com medo de reabrir os olhos.
Mas agora não dava mais para fingir, lentamente ela abriu os olhos.Uma luz forte e quente a assustou. Ela pôs as mãos em volta de onde estava deitada, e notou que era uma cama. Assustada ela abriu um olhos rápido, olhou ao redor e notou que estava em um quarto. Um enorme quarto bem iluminado, deitada em uma cama gigantesca e confortável.Ao vasculhar o quarto com seus olhos ela viu que sentado em uma cadeira, lá estava ele. Vahem.Ela se mexeu um pouco nervosa, e ele abriu os olhos encarando ela de imediato.Seu rosto estava machucado e seu braço esquerdo estava rasgado.-- bom dia, Canary. -- ele disse sorrindo.Ela se sobressaltou.-- aonde estou, o que... O que aconteceu? -- ele se aproximou da cama, e ela se encolheu um pouco.-- não lembra?-- lembro de algumas coisas, mas... Não lembro de ter chegado aqui. -- seus lábios se curvaram levemente para cima.-- aqui é minha casa, está segura aqui! Fique deitada e descanse um pouco mais. -- ele foi indo até a porta, mas Canary se pôs de pé rapidamente. E se assustou ao notar que estava com um vestido muito transparente, Vahem parecia ter notado Também. Envergonhada, ela usou o cobertor para se cobrir.-- obrigada por ter me ajudado, novamente. Mas... Já que me salvou, eu quero ir embora. -- ele se aproximou lentamente.-- não está em condições de ir a lugar algum Canary. -- ele fala de forma imponente.Mas ela não se intimida.-- tem um lugar para onde quero ir...-- eu sei, a capital azul. -- algo dentro dela saltitou por perceber que ele lembrou.-- sim, eu quero ir! E então... Não incomodarei mais você.Ele ficou quieto e então cruzou os braços.-- sinto muito Canary, mas você ficará aqui. -- ela franziu o cenho.-- eu não entendo! Me deixe ir, você me salvou do alfa e agora está... Me prendendo? Que diferença você está fazendo? -- ele sorri novamente, mas o sorriso não chega aos olhos.-- quero que você fique segura.-- eu ficarei bem! -- ah é? Como você ficou antes? -- ela tenta falar, mas não tem argumento algum.-- é diferente!-- sempre é. -- logo ele vai rumando até a porta, mas Canary vai atrás dele. Ficando cara a cara com ele.Seus olhos amarelos, parecem brilhar.-- exijo que me deixe ir agora!-- não será possível! Eu já disse. -- ele tenta abrir a porta, mas ela segura seu braço. Uma espécie de faísca queima sua pele quando ela o toca, então ela o solta imediatamente.-- o que foi isso? -- ela questiona.-- o que foi o quê? -- confusa ela desvia o olhar.-- me deixe ir agora! Não serei sua prisioneira! Se é o que está pensando. -- ele abre um enorme sorriso irônico, que a deixa Furiosa.-- seria tão ruim assim? Ser minha prisioneira? -- ele se aproxima um pouco mais, ficando a centímetros dela.Por alguns instantes, era como se Canary estivesse sob feitiço. Mas ele se afasta sorrindo.-- descanse Canary. -- e antes que ela pudesse retrucar, ele saí do quarto.Ela tenta quebrar a fechadura, mas é impossível.Furiosa ela grita para ele. E por um momento, ela escuta sua risada ecoando pelo corredor. ****Na manhã seguinte, ele lhe mandou um vestido e a convidou para sair do quarto e dar uma volta.Mesmo Furiosa, ela aceitou.Quando saiu do quarto, logo ela descobriu que estava em um enorme casarão.Após descer as escadas, encontrou Vahem enfrente a porta principal.-- está linda. -- ela bufou.-- você está me dando a liberdade? -- ele sorriu novamente.-- você acha mesmo que está presa?-- bem... Você não me deixa ir embora então... Acho que sim não é? -- ela fala de forma irônica. Lhe arrancando uma risada.-- vamos lá, quero lhe mostrar uma coisa. -- ele lhe oferece a mão, e Canary aceita.Quando saem do casarão, ela dá de cara com uma enorme comunidade. Era uma aldeia, mas era diferente de tudo o que Canary conhecia.Após andarem um pouco, Canary descobre que era uma espécie de aldeia escondida. Havia uma muralha invisível em volta da aldeia, que impedia a visão de inimigos.-- então... Você é o alfa daqui?-- não funciona assim. -- ele fala um tanto distante.-- ah é? E como funciona?Ele a olha novamente com aquele brilho no olhar.-- não posso ser considerado o alfa, sou considerado o lorde deles. -- Canary sorri de forma irônica.-- não é um título um tanto humano?-- e você acha que sou um monstro?-- bem... Você se transforma em um, não é? -- ele parou bruscamente.-- acho que está me confundindo Canary.-- será? -- ela continua andando. Mas Vahem segura seu braço, a puxando para perto dele. Ficando novamente a centímetros dela. Os dois se encaram, mas Canary se afasta.Vahem respira fundo.-- não obrigo essas pessoas a fazerem nada, elas confiam em mim! Sempre confiaram, você acha que sou como o alfa que você conheceu, apenas porquê me transformo em licano também? -- ela para bruscamente.-- se você é tão diferente assim, me deixe ir embora agora! O alfa me obrigou a casar com ele, e agora você... Está me mantendo aqui! -- ele j**a as mãos para o alto.-- é diferente!-- DIFERENTE COMO? -- os dois se encaram furiosos.-- é complicado explicar para você! -- ela sorri sem alegria.-- mas que ótima desculpa, rouge. -- Vahem se aproxima dela novamente, prendendo ela contra uma árvore próxima.Os dois estão ofegantes.-- eu não quero ficar aqui! Quero ir embora. -- ela fala em seu rosto.-- sinto muito mas isso não irá acontecer. -- ela tenta lhe dar um tapa, mas Vahem segura sua mão.Ele a olha no fundo dos olhos, parecem a ver chamas dentro de seus olhos.-- você tem o mesmo brilho dela sabia? -- sobressaltada Canary se encolhe.-- dela quem? -- mas Vahem se afasta rapidamente. Canary j**a as mãos para o alto.-- obrigada por responder minhas perguntas, "lorde."E logo ela volta correndo até o casarão. ****Quando já está indo deitar, ela escuta a porta abrindo.Ao olhar em sua direção, ele está lá. A observando.-- as coisas não deveriam se sair dessa forma, Canary. -- ela dá uma risada ríspida.-- nem imagino como deveriam se sair. -- ela não está olhando para ele, mas sabe que ele a está encarando.Ela escuta algo, como se ele estivesse se aproximando. Mas ele para bruscamente e antes que ela se vire, ele já foi embora.Furiosa, ela se j**a na cama. E começa a chorar. ****Durante a noite, Canary acorda e nota que o lugar inteiro está silencioso. Ela decide que não aguentará mais aquilo.Ela usa de suas técnicas de caçada, e de forma silenciosa ela abre a janela. Usa três enormes cobertores, e vai montando eles para descer até o chão.Quando enfim consegui, ela escuta alguns licanos de vigia. Mas de forma rápida e silenciosa, ela corre até a floresta.Quando chega na muralha, ela nota que alguns licanos estão do lado de fora e a espécie de portão está aberta. Usando três pedras, ela consegue distrair um deles. E rapidamente ela corre passando pelo portão. Enquanto corre ela não entende como os licanos não sentiram seu cheiro, afinal eles são treinados para fazerem isso. Mas ela igonora esse pensamento e continua correndo.Ela se j**a dentro de pequeno lago e vai descendo.Quando enfim saí da água, ela nota que chegou em uma pequena clareira.Ela respira fundo, e vai andando o mais rápido que pode. Até que ela ouve um barulho na mata, nervosa ela se abaixa.Tem algo ali, ela começa a andar novamente mas dá de cara com algo... Alguém.-- ora... Ora... Eu nem precisei te caçar, você veio até mim... Esposa. -- Canary consegui olhar para frente. E ali está ele, o alfa.Canary olha ao seu redor, e há vários licanos ali. Todos dele.Ele segura o queixo dela com força.-- vamos para casa agora.