Ele a olhou com um brilho nos olhos que ela não soubera identificar. Não era arrependimento, mas sim algo que ela não esperava ver: uma raiva reprimida, uma dor que talvez ele também carregasse, mas que estava escondida atrás da sua fachada de indiferença.
  — Eu não vou perder meu tempo falando sobre isso novamente — ele disse, a voz mais grave agora, como se tentasse se controlar para não explodir.
  — Sei que vai ser em vão. Então, acho melhor sair e lhe poupar da minha presença tão desprezível.
  Ela o seguiu até o seu quarto , o coração batendo mais rápido, a adrenalina fazendo seus pensamentos se atropelarem.
  "Não vou deixar ele sair assim,invertendo os papéis e se fazendo de vítima ,como se fosse mentira tudo que acabei de dizer."Pensou Isabele consigo mesma.
  — Eu sei porque está fugindo — ela falou, quase sem perceber.
  — Porque você não aguenta se lembrar da canalhice que fez comigo, não aguenta se ver diante de mim, e a verdade que você tem medo de enfrentar. Você saiu