Kiara Raffaello
— Vittorio, onde isso termina? — Questiono sentindo uma agonia crescer em meu peito.
A minha ansiedade me domina, aperto minhas mãos com força sentindo minha unha rasgar a carne da minha mão, causando uma certa dor. Mas é essa dor que faz com que eu não foque tanto na minha respiração e não tenha um ataque de pânico. A dor é bem vinda!
— Iremos sair no topo da colina, lá em cima. — Ele fala com calma, segurando minha mão com firmeza.
— Tem possibilidade deles saberem desse lugar? — Questiono engolindo em seco.
— Do túnel não, afinal foi eu, Pavel e seu pai que construímos. — Fala e então eu vejo algo sombrio em seus olhos. — Na verdade, usamos uns fodidos para fazer esse trabalho e depois que eles terminaram nós os matamos.
Arregalei os meus olhos e soltei sua mão meio chocada com suas palavras, Vittorio parou um pouco na minha frente e se virou me olhando confuso.
— Trabalho escravo? E depois ainda matou os trabalhadores. — Falo quase gritando.
Vitto