Jamais imaginei que Ricardo me seguiria. Ao chegar, avistei o carro de Augusto estacionado junto à porta. Com o ânimo esgotado para mais discussões, decidi ser direta:
— Meu namorado acabou de chegar para me buscar. Vou embora.
Ricardo arqueou as sobrancelhas e retrucou com um tom carregado de ironia:
— Teresa, você realmente quer alguém desse tipo como namorado?
— Ah, é? — Rebati, cruzando os braços. — E você seria melhor? Uma pessoa que jamais admite seus próprios erros?
Percebendo que eu desviava o olhar, Ricardo agarrou meu pulso com força.
— Teresa, por favor, me escuta só um instante...
Uma pontada de dor me fez estremecer.
— Ai! Está me machucando! — Exclamei, tentando me soltar.
Num movimento brusco, Augusto saltou do carro e, tomado pela fúria, acertou um soco certeiro no rosto de Ricardo, enquanto me puxava para trás de si.
— Se afaste dela!
Já dentro do carro de Augusto, meus olhos capturaram um objeto pendurado no retrovisor que me pareceu estranhamente familiar. Meu coraç