OLIVIA
Assim que Marcus me contou o que estava acontecendo, eu me levantei da espreguiçadeira onde permanecia sentada e entrei no hotel. Eu deveria ter previsto que ele faria algo assim; imaginei apenas que aguardaria ser oficialmente deserdado antes de agir, porém estava enganada. O tio dele mostrava-se ansioso para impedir que aquilo se consumasse, e não havia modo mais eficaz de fazê-lo do que sequestrar o enteado do próprio sobrinho.
— Olivia, o que você está fazendo? — Entrei no saguão e comecei a arrumar as malas. Eu realmente não entendia por que ele perguntava, já que podia ver claramente o que eu fazia.
— Você deveria ligar para o jato e avisar que estamos indo para Londres. — Pronunciei essas palavras enquanto continuava a colocar roupas na mala. Eu não pretendia desperdiçar um único segundo.
Eu deveria ter pressentido tudo. Era a mãe dele e precisava ter sido mais perspicaz. Ele me ameaçara na recepção, e eu sabia que não esperaria perder bilhões para agir. Deveria ter perce