- Madrinha! O que você está fazendo?
- Senhorita, por que está ajoelhada? Se levante rapidamente!
Isabela, com os lábios tremendo, segurou a mão de Rivaldo e chorou:
- Rivaldo, me perdoe, eu te decepcionei.
Rivaldo, também ajoelhado, abraçou Isabela num gesto desesperado:
- Madrinha, não me assuste, por que está pedindo desculpas de repente? Você não me quer mais? Está pensando em me mandar embora?
Para alguém acostumado a depender dos outros e a viver vagando, o maior medo era ser abandonado.
Por fora, Rivaldo aparentava estar habituado, mas por dentro, ele se preocupava profundamente, sentindo um vazio instantâneo no coração.
Isabela balançou a cabeça:
- Lembra quando, há quatro anos, você me perguntou como sua mãe morreu? Hoje, vou te contar, mas... Depois disso, talvez você não me chame mais de madrinha.
- Madrinha, por que está falando assim? A morte da minha mãe não foi um acidente?
- E se não tivesse sido um acidente?
Rivaldo, chocado, questionou:
- Não foi um acidente? Como ass