Após sair da Adega Alfama, Isabela tentou rapidamente chamar um táxi.
No entanto, não sabia se era o clima ou o horário que conspiravam contra ela, pois demorou um bom tempo sem ver um único carro.
Justo quando estava começando a ficar ansiosa, uma voz rouca e familiar veio de trás.
- Isa? É você?
Aquela voz conhecida, chamando o nome pelo qual ele costumava chamá-la, fez com que ela congelasse no lugar, incapaz de se mover.
- Isa. - Gabriel circulou na frente dela, seus olhos profundos a encarando intensamente, seus lábios trêmulos enquanto perguntava. - É você, certo?
Isabela não ousou encará-lo diretamente.
Ela engoliu em seco, controlando a agitação em seu coração, e respondeu friamente:
- Desculpe, senhor, você deve estar confundindo com outra pessoa.
Confundindo?
Gabriel parou por um momento, olhando incrédulo para a mulher diante dele.
Como ele poderia confundir a mulher que o atormentou por mais de uma década, a mulher que apunhalou seu coração?
- Isa, passaram quatro anos.
Q