Vicente, o professor mafioso, Príncipes da máfia.2
Vicente, o professor mafioso, Príncipes da máfia.2
Por: Cristina Cristey
cap.1

Capítulo 1

Scarlett Mozart

— Scarlett abra a porta! — Asseverou meu pai enquanto penteio meu cabelo, despreocupada para meu último dia de aula, já que meu pai decidiu me transferir de escola e me colocar na mesma escola que minha irmã mais velha, é tedioso porque em primeiro lugar eu já não estudava na mesma escola que minha irmã porque ela se faz de burra.

Tenho certeza que é isso, porque Aysha antes tirava excelentes notas e de repente desandou, tira as piores notas possíveis.

“E eu a odeio tanto por isso”

Ela agora tem uma deficiência acadêmica terrível, criou uma paixão avassaladora por notas F e isso resultou em situações negativas para mim, meus pais pediram as professoras para me rebaixar, então eu fui duas séries a menos para que a lindona pudesse se esforçar e recuperar os anos perdidos, mas não deu certo e eles decidiram me transferir, para não ficar evidente a necessidade por atenção, de Aysha.

Eu sou o que eles chamam de criança super dotada, porém injustiçada pelos meus pais, eu já estava para concluir meu último ano, óbvio que era levando um pé na bunda dado pela professora antes mesmo de concluir o ano, já que minhas notas era sempre boas, ela simplesmente não aguenta ter que me dar aula, porém não tenho culpa se ela é tão ignorante, e estava ensinando cálculos errados aos alunos.

Admito que já fui responsável por demissão de três professores, mas eu não tenho culpa se eles são ruins em ensinar e a escola é pouco capacitada para avaliar isso, enfim, hoje é meu último dia e eu tenho que me despedir da escola.

não tenho nenhum amigo, nunca fiz nenhum, a não ser Dalila, porém eu tinha 12 anos na época, e ela parecia sempre tão gentil comigo, pelo que me recordo ela tinha quinze anos na época, parece que depois da morte de sua mãe, seu pai a prendeu, e mesmo que fossemos lá vários dias não conseguimos nem mesmo ver o vulto dela.

Bom… meu nome é Scarlett, recentemente fiz quinze anos e recentemente meu inferno começou, meu pai está em frente a porta batendo feito louco por um bom motivo ate, ele quer me obrigar a assinar um contrato de casamento, fala sério, eu só tenho quinze anos.

Segui até o guarda roupa, peguei a minha mochila, nem mesmo usarei fardamento mais,mas a escola especializada para meninas não exige que usemos fardamento, então já estou adaptada.

— ai… — murmurei de dor quando abri a porta e meu pai me puxar pelo cabelo, a cena ficou até ridícula enquanto grito e me esperneio com ele me puxando e tentando me carrega me pendurando pela cintura. — me solta seu velho maluco, tá pensando que eu vou me casar sendo uma criança, vai entregar sua filha que ainda é uma criança a um vadio ordinário só porque ele nada na grana. — gritava pelos corredores até do lado de fora eles podiam me ouvir, enquanto meu cabelo já estava desgrenhado e minha saia então, nem sei se estava cobrindo meu traseiro nessa briga louca, em meio ao corredor vazio de casa, era isso o tempo inteiro, mas não me importo, não com o desgraçado pai que temos, ele arruína nossas vidas desde que me entendo por gente, e eu decidi parar de ter medo mesmo que isso me cause dor e alguns machucados.

— Scarlett, você está testando minha paciência, não é? Já conversei com você sobre isso, ele não vai ver você até que faça 18 ano, veja a sua irmã, já tem dois anos que está prometida ao seu futuro marido e ela ainda está aqui, eles não são do tipo que força as mulheres, ai… — tenta dizer até eu morder o braço dele e me soltar.

Desgraçada hora que eu fiz isso e tropecei no tapete do corredor quando tentei correr, sentir as grandes mãos me puxando pela camisa, estendi minha mão desesperada quando vejo Aysha escarlate sair o quarto já pronta para ir para a escola, mesmo com meu olhar desesperado e minha mão estendida a miserável não me puxou, ótima irmã burra e malvada, enfim, me rendi a minha punição sem lutar, eu mereço, mas como querem que eu seja uma boa pessoa? Eu quero ir para a faculdade!

Não durou muito a seção de tortura, desde que eu fiz dez anos ele usa a droga de uma tira de madeira para me punir, só precisava uma única vez para deixar uma marca vermelha em meu traseiro e sem conseguir sentar direito pelo resto da semana, e dessa vez ele bateu umas três vezes.

— Que incrível, você nem chora mais — disse ela quando entrei no carro. Aysha nunca precisou desses tipos de punição, ela sempre foi tão submissa, daquele tipo que me irrita, por outro lado sinto pena dela, a dois anos está sofrendo por causa desse casamento, ela tem medo das coisas horríveis que esse tal Henry pode fazer, e ao que parece ele vai começar a frequentar lá em casa com mais frequência para conhecer a escarlate melhor, porém já prevejo Aysha se enfiando dentro do quarto e saindo só quando ele for embora.

Para ser mais clara, eu e Aysha escutamos atrás da porta a conversa de meu pai com nossa mãe e ela brigava com nosso pai por ele ter entregado a minha irmã a um assassino, alguém sem controle com uma reputação ruim, e ela tinha quase certeza que ele bateria em Aysha quase todos os dias, poderia até matá-la, além de usá-la como objeto para sanar seus desejos sexuais, já pensou né? Não tem como pensar em gostar desse tal Henry depois de ouvir essas atrocidades.

A criatura aqui do meu lado nem sorrir mais, nem vive mais, não que já vivesse, Aysha é a pessoa mais pacata e chata que alguém pode conhecer, eu sou irmã dela desde que nasci infelizmente, e desde essa época essa menina é chata até a alma e desprovida de qualquer incentivo próprio, e agora que sabe que será entregue a esse tipo de homem, seu brilho desapareceu, admito que o meu também, ela é minha irmã e eu amo ela., gostava de vê-la chegar em casa e correr para a cozinha para se divertir cozinhando, é o que ela ama fazer, com certeza ela poderia deixar esse Henry pançudo… se já não for, então ele seria tão gordo que não conseguiria nem levantar a mão para ela, fui deixada no meio do caminho e segui a pé até minha escola.

Quando cheguei na minha ex escola foi até ridículo, a notícia da minha transferência havia corrido por toda a escola e os professores fizeram uma festa com algumas guloseimas na minha sala para comemorar, estão todos sorridentes, óbvio a ruiva endiabrada já está indo embora, será que eles não entendem que eles só tinham que me dar minha carta para ir para a universidade? Tanto trabalho para nada.

— Chegou a destruidora de empregos — Disse o professor sorrindo falsamente, velho barbudo e rebelde.

— Tudo bem, vocês deveriam se sentir gratos, afinal a educação dessa escola estava em risco com aqueles professores — Anunciei então eles me encararam com um sorriso forçado e antipático.

— Querida, não se justifica a demissão de um professor que conhecíamos há mais de 5 anos, além de que você passa pesca para todos os alunos em todas as turmas que você entra. — murmurou a professora puxando meu braço de forma que doeu.

Calma… sei o quanto quer provar da minha dor, mas não é adequado.

— Não sabe o lema? O conhecimento deve ser passado para todos e Deus me abençoou com uma mente brilhante. — discursei orgulhosa, é até ridículo, mas quem liga.

Pensando bem… acabei de dizer que não tenho amigos, mas vejo muitos olhares apreensivos de jovens de 16 a 19 anos, olhei comovida para cada um deles, aquilo é tão gentil.

Por que eles nunca me chamaram para tomar um sorvete? Ah… eu estava sempre estudando e sempre dizendo não, mas sempre ajudei todos.

Despedir-me de cada um deles e fui jogada para fora da escola, literalmente, enquanto eles seguiam pelo corredor dançando e fingindo estarem se despedindo enquanto me obrigam a seguir até a saída.

ainda era 9h da manhã, portão batido agressivamente a minhas costas, apenas levantei o rosto segurando firme a alça da mochila chutando a poeira para trás, igual a carlota Joaquina direi — nem a poeira levarei desse lugar, adeus — e segui para a escola de Aysha, vou fazer uma visita e conhecer minha nova escola novamente, já que estudava lá antes do meu pai me dar um pé na bunda por causa da burrice de Aysha.

Peguei um táxi e em dez minutos cheguei, não foi tão difícil entrar, já que estou matriculada ali agora, porém tinha que me apresentar como Arlet, por ser filha de um babaca mafioso, eu não posso estudar nem com meu nome verdadeiro, agora eu sou a Arlet, nome horrível, mas não pude nem escolher, e a Aysha que aqui é Aleria

Segui pela grande trilha ao redor tem um gramado verde, algumas poucas árvores, saudades, eu entrar no local não havia ninguém, me lembro vagamente tudo que tem aqui.

Enquanto seguia pelo corredor vazio e iluminado, ouvi um som na minha antiga sala de música, ohm… lembro que naquela época tive tempo de aprender a tocar violino, eu e Dalila adoramos esses instrumentos, nós tocávamos um pouco de tudo, porém ela é perfeita no piano, e eu no violino, apesar de tocarmos qualquer um dos dois além da arpa, pena que Aysha não sabe nem soprar uma flauta, mas nesse momento quem tocava piano na sala de música tocava de forma majestosa e isso acabou despertando minha curiosidade em querer ver quem é a divindade tocando o piano.

“ah… é só um zé mane engomadinho, parece ser um pouco jovem, admito bem bonito, porém é um homem o que é bem estranho já que é uma escola para mulheres, supostamente deve ser um professor, ele é do tipo atlético, e elegante, tipo de cara que jogaria em um time de futebol e seria amado por todas, porque tem cara de ser bem babaca.

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