Ponto de Vista de Lucy
Quando as visões vêm, é sempre a mesma coisa: caos.
Elas não chegam como lembranças ou sonhos. Elas me atravessam.
São tempestades que rasgam minha mente, gritos que ecoam do outro lado da existência.
Mas desta vez… foi diferente.
Foi muito pior.
Desde que meus meninos nasceram, eu soube que havia algo neles que transcendia o que eu conhecia sobre o mundo espiritual. Apolo sempre foi o fogo — impaciente, corajoso, impulsivo, mas com um coração puro. Arthur, por outro lado, era o equilíbrio — forte, silencioso, fiel. Os dois eram como o sol e a lua, distintos, mas inseparáveis.
E agora, finalmente, as peças começaram a se encaixar.
Eles não eram apenas lobos.
E nunca foram apenas meus filhos.
Eles eram os guardiões da deusa da lua.
Quando essa verdade me atingiu, meu corpo inteiro tremeu. Eu, uma banshee que já havia visto a morte em todas as suas formas, me senti pequena diante daquilo.
A divindade da lua, a criadora das criaturas noturnas, havia confiado