Onze

********* GATILHO!!!! ESSE CAPITULO PODE HAVER CENAS QUE CAUSEM GATILHOS.******

Sorrio. Eu gostava do jeito cuidadoso e nada carinhoso de Brandon.

— Irei subir para me arrumar. Quer que eu faça a pipoca para você antes disso?

— Claro que não. Posso ser muito fresco e não saber fazer quase nada, mas minha pipoca é deliciosa.

— Algum dia terei que provar.

O sorriso que ele dá a seguir, é brilhante. Tanto quanto seu olhar.

— Farei para você com todo amor do mundo.

Após um sorriso da minha parte, deixo a sala e vou diretamente ao meu quarto. Passo pelo vestido e salto que já havia escolhido, e entro no banheiro.

Logo depois do banho, visto uma lingerie e fico diante do espelho. Solto o cabelo e decido que uns cachos me deixariam com um visual diferente. Apesar de nunca usar, aquela era a noite escolhida para uma maquiagem. Depois de finalizar com um batom vermelho, vou para o quarto e visto a roupa.

Enquanto observava aquela Lacey maquiada e com leves ondas no cabelo, minha cabeça fazia questão de questionar se Brandon iria me achar bonita. E ao mesmo tempo, me perguntava o porquê da opinião de Brandon ser importante. Não era para Thomas toda aquela produção? Ou apenas para mim mesma, para me sentir bonita.

Espirro um pouco de perfume em meu pescoço. Antes de deixar o quarto, sou capaz de ouvir a campainha tocar.

A porta estava entreaberta e só era possível ver as costas de Brandon. Com um leve pigarro anuncio minha presença, fazendo Brandon se virar e Thomas se esticar para me enxergar.

— Uau. — Brandon balbucia.

— Você está incrível! — Thomas diz, abrindo um enorme sorriso. Ele empurra Brandon e vem até mim. — É impossível manter os olhos longe de você.

Sorrio e o abraço.

— Vamos?

Thomas tinha avisado que seria em um lugar um pouco longe, e que por esse motivo teríamos de sair mais cedo.

Dentro do carro, ele repetia que eu estava linda e o quão sortudo ele era por ter a minha companhia aquela noite e em todas as outras que saímos.

Eu nunca havia namorado e não sabia se aquilo era um. Óbvio que eu não iria perguntar, mas adoraria saber.

— Estava pensando... — diz. — Acho que devíamos dar mais um passo no nosso relacionamento.

Travo.

Sabia muito bem o que aquela frase significava e sabia principalmente que não estava pronta.

— Lacey?

— Hm? — o olho.

— O que acha?

— Sobre? — fazer a desentendida não ia dar certo para sempre.

— Disse que deveríamos dar um passo a mais ao nosso relacionamento. Quero saber sua opinião.

— Ah... isso. — murmuro.

— Você pode ser sincera comigo. Além de tudo somos amigos.

— Bem, não sei se... quer dizer, tenho certeza que não estou pronta. Gosto de você, do que acontece com a gente, mas não quero acelerar as coisas.

Thomas sorri e aperta minha perna de leve.

— Viu. Doeu falar? — ele ri. — Eu entendo e respeito sua decisão. Me avise quando estiver, tudo bem?

— Tudo bem.

Thomas aumenta o rádio um pouco e volta sua atenção a estrada.

Quando Thomas sai da estrada e adentra uma rua de terra, já é possível escutar a música eletrônica.

Ele estaciona ao lado de uma enorme Ranger Rover, e nós descemos do carro. Ao entrarmos de mãos dadas, Thomas começa a saudar os amigos que via. Houveram aqueles que me cumprimentaram e os que nem me olharam.

A história de "Thomas está comendo a empregadinha de Brandon" foi espalhada por Jessica, após Brandon dizer que não queria vê-la mais. Eu pouco me importava com aquilo, já que não os via e menos ainda, estava transando com Thomas. Ele dizia não ligar também, pois não se importava com o fato de eu ser empregada.

A sala do lugar era enorme e havia um globo espelhado em seu centro, deixando todo espaço brilhante. O DJ no canto da sala, tocava alguma música da atualidade que todo mundo gostava.

— Vamos beber? — Thomas pergunta, já me puxando para o outro cômodo.

— Não quero extrapolar. Prometi a Brandon.

Thomas ri.

— Vai beber o que então? Refrigerante? — assinto. — Ok... hmmm... então aqui está. Refrigerante para você e vodca para mim.

Sorrio em agradecimento e deixo que ele me puxe de volta para a sala. A música troca, fazendo todo pessoal vibrar. A letra era de um idioma diferente, me levando a acreditar que poderia ser algo do Brasil.

— Dança comigo! — Thomas diz, pulando como os outros. — Se bem que sou péssimo nisso.

— Ah que isso. Você está sendo modesto. Já te vi dançar antes, esqueceu?

Ele esconde o rosto com as mãos, enquanto sorri lindamente.

— Aquilo era um jogo, hahaha!

— Mas você rebolou bem.

Thomas revira os olhos, ainda sorrindo.

— Você não existe. — ele bate na ponta do meu nariz e vira a bebida no copo. — Vou ali buscar mais, me espera aqui?

— Claro.

Thomas sai e eu olho em volta. Não conhecia nenhum daqueles rostos, exceto o que vinha em minha direção.

— Laila!

— É Lacey, Colin.

— Oh, é. — o garoto ri. — Veio com quem? Brandon está por aí?

— Não. Ficou em casa.

O cacheado ergue uma sobrancelha.

— Está sozinha? — seu sorriso é sarcástico. — Posso te fazer companhia.

— Ela não está sozinha.

A frase de Thomas veio acompanhada de um abraço caloroso. Rapidamente ele me vira em sua direção, e junta nossos lábios.

Aquele beijo tinha sabor de vodca com fumaça. Ele aparentemente havia fumado algo no breve momento em que ficou longe.

— Uau, Thomas! Até eu quero um beijo desse.

— Vai procurar sua galera, Parker. Me deixe em paz com a minha garota.

Colin pisca para mim, antes de sair gargalhando.

— Sua garota? — zombo.

— Com certeza.

Após mais um beijo de tirar o fôlego, Thomas me puxa para dançar.

[...]

Thomas estava completamente bêbado, quando disse que precisava conversar comigo a sós.

— Melhor conversarmos amanhã. — digo, puxando-o de volta para a casa.

— Não! Precisa ser agora. Vem.

Claramente mais forte que eu, Thomas me puxa para fora da casa.

Caminhamos um pouco, até chegar ao celeiro. Eu só tinha visto um daqueles em filmes e era tudo tão parecido, que eu estava me sentindo em um.

Em um canto havia um monte de feno. Ali foi o local escolhido por Thomas, para que déssemos uns "pegas".

— Não acho que a gente deva ficar aqui. — digo, entre beijos.

— Relaxa, amor. Ninguém virá aqui.

Os beijos de Thomas se intercalam entre meus lábios e meu pescoço. Aquilo me incomodava, mas reclamar e pedir para que ele parasse, não estava adiantando.

Quando sua mão tocou minha coxa e a apertou, empurrei seu peito.

— Para! — rosno. — Eu quero sair daqui.

Thomas me olha e sorri. Mesmo com ele me encarando daquela forma, eu sabia que sua atenção não estava em mim.

— Amor, relaxa. — murmura, e segura meu braço com força. — Você vai gostar.

Em meios a meus protestos e tapas que eu desferia contra seu rosto e peito, Thomas volta a apertar minha coxa.

Meu coração acelera, quando a mesma mão que estava em minha coxa, toca minhas partes íntimas. Thomas força um dedo em mim, o que me faz gemer de dor, entre os gritos que soltava. Meu coração batia rápido, mas quando ouvi o zíper sendo aberto, quando tive total certeza do que iria acontecer a seguir, então ele acelerou completamente.

— Thomas, não. — imploro, já sem forças para gritar ou tentar impedi-lo. — Por favor.

O garoto murmura algo e aproxima a boca da minha, mas eu desvencilho. Ele não se importa e chupa meu pescoço. Fecho meus olhos com força, quando sinto o pênis de Thomas encostar em mim.

— Oh... — murmura, contra meu pescoço, enquanto tenta entrar em mim. — Você é tão apertadinha... Ohhhh...

Thomas me segura mais forte, e empurra seu pênis para dentro de mim, com o dobro de força.

Choro com a dor que aquilo estava me causando, tanto física quanto emocionalmente.

Quando Thomas consegue me violar, ele começa a repetir palavras chulas e sem sentido. Minha força de fazer com que ele parasse, já havia de esgotado faz tempo. Ele nem sequer precisava me segurar com força, pois eu estava mole em seus braços.

Enquanto ele investia contra mim, e dizia coisas como "você está molhadinha""você é uma delícia", eu só conseguia chorar e implorar para que aquilo acabasse logo.

— Você é gostosa demais, meu amor. — murmura. — Eu vou gozar... eu sinto que... Ahhhhhh...

Thomas para de se movimentar e deixa que seu corpo caia sobre o meu. Não demora para que eu perceba, que ele tinha caído no sono.

Tiro-o de cima de mim e me arrasto para um canto, onde abraço minhas pernas e o choro se intensifica. Olhando para o local que tinha acontecido, vejo um rastro de sangue, indo até onde eu estava. Toco minhas partes íntimas e logo em seguida olho para minha mão. Choro ainda mais, ao observar aquele sangue.

Minha mente insistia para que eu levantasse e saísse correndo daquele lugar, mas meu corpo não respondia a nenhum daqueles instintos. 

Me assusto com um suspiro de Thomas. Ao olhar para ele se mexendo, observo que seu celular cai do bolso.

Meu corpo entendeu que eu precisava daquele celular, enquanto minha mente só gritava um nome.

Brandon.

Não demora para que ele atenda a ligação.

— Eu sabia que você ia fazer alguma merda, nerd! O que aconteceu?

Ao ouvir a voz de Brandon, sinto uma estranha sensação de conforto, então soluço.

— Lacey? É você? Está chorando?

— Brandon... — sussurro. Apesar de saber que Thomas estava apagado, parte de mim tinha medo que ele me ouvisse. — Eu preciso da sua ajuda... por favor.    

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