Flora Narrando
Confesso que eu nunca levei desaforo pra casa. Quando soube que aquela desgraçada da Savana foi a responsável por atropelar a minha irmã, o sangue ferveu. Na hora eu falei que a gente ia caçar essa mulher. E não falei da boca pra fora, não. Hoje mesmo, eu, meu pai e o Evan sentamos pra resolver isso de vez. A ideia é cercar a Savana por todos os lados, sem chance de erro. Se ela acha que vai tocar na nossa família e sair andando tranquila por aí, tá muito enganada.
A reunião foi na sala da casa dos meus pais. Meu pai já estava sentado no sofá, com aquele olhar sério de quem não vai deixar nada passar. Evan no sofá da frente, os braços cruzados e o maxilar travado.
— A gente precisa agir logo — falei, olhando pro meu pai. — Essa mulher já mostrou que não tem nada a perder.
— Concordo. E por isso mesmo, já contratei dois investigadores particulares. Um tá cuidando da parte digital, o outro tá fazendo trabalho de campo. Ela não vai conseguir se esconder. — disse ele, com