Leyla Ylmaz
Assim que terminei de colocar meus pensamentos em ordem, tirei o celular do bolso e disquei o número de Kerem. Depois de alguns toques, ele atendeu com aquele tom caloroso que sempre me fazia sorrir.
— Kerem, obrigada pelas flores! — comecei, tentando manter a voz leve, como se a situação fosse a coisa mais natural do mundo.
Ele ficou em silêncio por um segundo, claramente confuso.
— Flores?— Ele soou surpreso. — Leyla, eu não mandei flores para você.
Meu coração deu um leve sobressalto, mas não deixei que ele notasse a minha surpresa. Imediatamente, busquei uma desculpa para encerrar a ligação antes que ele pudesse perguntar mais alguma coisa.
— Ah... me confundi então! Desculpe. Escuta, acabou de chegar um cliente aqui. A gente se fala depois, tudo bem?
Ele riu suavemente, sem insistir.
— Claro, boa sorte com o cliente. Falo com você mais tarde meu amor.
Desliguei o telefone, o coração ainda acelerado. Então, não tinha sido Kerem. Não havia dúvida, então, as flores eram