CLARIS:
Sentia uma necessidade imperiosa, quase irreprimível, de que ele me amasse, a mim, à humana Claris. Também sabia que ele precisava sentir-se seguro do meu amor. Kieran olhava para os gémeos que dormiam placidamente no centro da nossa cama, alheios a tudo. Entendia que o que lhe pedia com eles ali presentes era impossível, mas não me permitiria recuar.
Decidida, aproximei-me dele. Havia uma determinação e uma necessidade que me impulsionavam a seguir em frente. Peguei nele suavemente e guiei-o até à casa de banho. Ele seguiu-me sem resistir, o seu olhar estudava-me, intrigado. O ar na casa de banho parecia carregado com tudo o que não tínhamos dito desde aquela noite em que a minha teimosia em rejeitar o que eu sou o levou a marcar-me novamente, como se essa fosse a única solução para evitar que fugisse com os nossos filhos.