Perola Campbell
— Onde estamos? — pergunto, sentindo-me um tanto desconcertada quando finalmente paramos.
— Minha casa — ele responde casualmente, como se não fosse nada de extraordinário. Meus olhos se arregalam em surpresa diante da revelação, incapazes de conter minha reação.
— Como? — consigo articular, sentindo-me aliviada por não gaguejar em sua frente.
— Não se assuste — pede percebendo minha perplexidade e me lança um sorriso tranquilizador — Eu não mordo — acrescenta com um piscar de seus olhos azuis brilhantes em minha direção, uma leve brincadeira dançando em suas palavras — A menos que peça — continua, e uma onda de calor sobe pelas minhas bochechas ao captar a insinuação sugestiva em sua fala — Mas acredito que nenhum outro lugar irá trazer a tranquilidade que precisamos — segura minha mão — Tivemos uma longa semana — conclui, seu tom indicando uma compreensão mútua do cansaço que nos envolve após tantos dias agitados.
— Muito longa realmente.
— Então venha comigo, vamos