Emma parecia ter perdido toda a cor do rosto, sua mãe também. Tenho que intervir.—Emma e sua mãe virão comigo para meu apartamento — afirmo com calma.Mauro me olha com tudo, menos calma.—Por que minha esposa e minha filha teriam que ir com você? — pergunta com um sorriso malicioso.—Amanhã teremos uma aula de dança, é um ensaio para o casamento. A professora irá para meu apartamento — invento na hora. Mauro aceita pela metade.—Leve-a, e eu levo minha espo-Emma agarra o braço da mãe, a afasta de Mauro, antes que ele grite, ela inventa outra desculpa.—Mamá também é uma péssima bailarina, ela também terá aulas…Mauro não tem escolha a não ser ir para casa sozinho, e mesmo que essas duas mulheres entrem no meu carro, elas continuam tremendo, incrédulas por terem escapado dele esta noite.…..Abro a porta, convido Emma e sua mãe a entrar, o que elas fazem imediatamente. Esta última me pergunta pelo banheiro, eu aponto onde fica para que ela vá se trancar lá. Enquanto isso, Emma fica o
Tenho que rir mais uma vez do que vejo no computador do meu escritório, outra notícia destruindo a reputação de Mauro Bianchi. Talvez o susto que tomamos ao ver Jesus brigando em público com Mauro tenha sido muito grande, mas valeu cada instante de medo. De Mauro, circularam todos os tipos de reportagens sobre a pessoa terrível que ele era, desde sua grande arrogância contra seus funcionários até suspeitas de desvio de fundos durante seu tempo como prefeito.Minha parte favorita dos boatos era que sua equipe jurídica havia mandado remover muitas notícias por mancharem sua reputação. No entanto, quando algo se torna viral, é impossível remover cada meme, notícia ou comentário existente.Estou lendo agora outro texto onde são detalhados seu casamento conturbado e declarações de fontes "anônimas" onde foram presenciados certos maus-tratos à sua esposa. Então, Elliot abre minha porta.—Quem ri sozinha de suas maldades se lembra… — cumprimenta ele entrando e deixando um monte de pastas na m
Não tenho tanta certeza, mas como eu o tinha, e ele geralmente sabia o que estava fazendo, dou a ele o benefício da dúvida. Ele coloca a mão nas minhas costas, e seu toque, junto com seu olhar, me aliviam imediatamente. Não podíamos mais adiar isso, era conveniente para todos que ele fosse declarado o herdeiro principal dessa fortuna. Me viro e termino de abrir a porta.Na sala, consigo identificar muitos, muitos advogados, dois para cada membro da família de Loren. Seus irmãos Richard e Julián estão lá, assim como minha nêmesis, Victoria, também estão outros membros mais distantes da família de Loren, como três de seus tios paternos e um de seus amigos mais íntimos.De todos os presentes, a única que parece que vai ter um derrame ao me ver é minha amada sogra. Para o resto, minha presença apenas os confunde, assim como a mim mesma.—O que ela está fazendo aqui? — pergunta histérica.Antes que eu possa falar, Loren faz isso por mim, coloca o braço na minha frente como forma de proteção
—Um quê? — a surpresa me escapa ao ouvir essas palavras; os outros estão igualmente confusos.—Meu próprio orgulho e ambição não me deixaram ver claramente a grande oportunidade que tínhamos de unir nossas famílias. Mas eu tive uma epifania, provocada por Leonor…—Aquela velha está morta há séculos… — sussurra Victoria, irada — Até quando ela continuará arruinando minha vida?—Para unir nossas famílias e, assim, resultar meu primeiro neto, gostaria de deixar meus vinhedos na França. Sua avó e eu éramos amantes de equitação e bons vinhos, seria um belo legado — termina o tabelião — Até aqui você é mencionada, Sara, é uma condição.Minha boca se abre de choque, Loren nega exausto por causa do pai, Julián começa a rir como se tivesse ouvido a maior estupidez de sua vida. E… temo, concordo com ele.—Meu marido deixou os vinhedos na França para uma criatura imaginária por ordem de um fantasma? — pergunta Victoria, com os dentes cerrados.—Assim foi… — o tabelião a olha por cima dos óculos.
Sei que meu pai me havia falado sobre as consequências dos casamentos abertos, mas não esperava uma confirmação tão precisa, constrangedora e pública. Nem que alguém silenciasse Victoria com tanta força sem sequer gritar com ela. Mas o nível de choque, pelo menos da minha parte, é lendário.Mesmo assim, deixando de lado minha própria reação e a dos advogados ou secretários com seu desconforto disfarçado, nem Richard, nem Julián, nem Loren reagem como eu estou reagindo. Era como se… eles já soubessem há muito tempo.—A falta de parentesco biológico não foi uma desculpa para ele nos apresentar como seus filhos. Seu nome está em nossas certidões de nascimento — diz Julián, lutando contra o constrangimento da situação.Posso confirmar isso, eles já sabiam, os gêmeos sabiam disso.—Pode estar, mas além das obrigações básicas com os dois, Lorenzo reforçou o testamento. Em plena lucidez, ele deixou sua vontade conosco — explica o tabelião.—Isso não é justo, ninguém pode dizer que é… — insist
—Você acha que é hora de ficar calada? Ou foi maravilhoso viver nas sombras do único e verdadeiro filho do nosso suposto pai? Porque ele nunca nos considerou seus filhos, mas nós o consideramos nosso pai. Vivemos uma mentira por sua culpa, Victoria — acusa Julián.—Não estou para essas cenas agora — Victoria se levanta, exausta — Se vocês querem me gritar o quão má mãe eu fui, vocês têm o resto de suas vidas. Hoje tenho que iniciar o processo de contestação e às 18h tenho um encontro com minha estilista.Victoria diz isso, pega os óculos de sol que havia deixado na mesa, sua bolsa e sai da sala de reuniões. Para minha surpresa e a de seus filhos, menos a de Lorenzo, que esperava por isso. Ainda espero que seja uma brincadeira de mau gosto, mas Victoria realmente foi embora, ouvimos o barulho alto da porta batendo.—Ela foi embora, de verdade, ela foi embora — digo, minha voz saindo como um fio.—Não deveríamos nos surpreender com ela… — responde Loren — Deixar seus filhos em um desastr
Meus pés correm para o estacionamento, não vejo Loren em lugar nenhum e tenho medo de que ele tenha ido embora nessa condição. Por isso, ao não vê-lo no elevador ou no corredor, vou direto para meu carro. Minha busca termina rapidamente ao encontrá-lo encostado no meu carro, esperando por mim. Posso respirar mais aliviada com isso.—Então é aqui que você está… — digo aliviada.—Eu não ia ir tão longe com você aqui — ele sorri tristemente. Com a mesma tristeza com que eu o olho.—Eu diagnostico que você precisa de um desses — comento em tom profissional.—Um quê? — ele menciona curioso.—Desses — repito, o envolvendo em meus braços, tenho que me inclinar porque não estou usando saltos altos e graças à sua altura. Loren não demora nem meio segundo para envolver minha cintura com seus braços.—Eu preciso de uns milhões desses… — ele sussurra.—É uma soma preocupante, que levará muitos anos para ser cumprida — brinco.—Eu posso esperar a vida toda por eles, por você, Sara — ele comenta com
— Olha o que você fez, se comportou muito mal.— Isso deve ser um sonho…— Oh, Deus. Você sonhava em me engravidar? Safado pervertido — rio.Ele não fica parado dessa vez, me pega pelos quadris e me vira, ficando por cima de mim. Começa a me beijar de novo com voracidade, minhas pernas abraçam seus quadris enquanto Loren me penetra com força, tanta força que prevejo o que vai acontecer.E acontece, com um som profundo ele atinge o orgasmo dentro de mim. Sinto-o se descarregar em meu interior, nem preciso dizer que é maravilhoso e delicioso. Gosto de vê-lo aproveitar, embora ele não pareça tão satisfeito quanto eu, o que é uma grande ironia.— Me desculpa, merda… — lamenta-se.— Você não tem nada do que se desculpar — digo acariciando seu cabelo — Não se conseguir me satisfazer de outra forma… por que você não desce?Eu o seduzo com minha expressão e rosto, ele vai cumprindo aos poucos, enquanto beija meus seios, meu estômago, minha barriga e… termina de fazer o trabalho lá embaixo. Tal