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136. Avisos de sangue
Mason BlakeDepois do acontecimento de ver o corpo de Evangeline jogado a nossa frente, os ânimos da alcateia precisavam ser acalmados."Está tudo bem, voltem para suas respectivas tarefas, por favor." eu rosnei."Os lobos ainda observavam aquela cena, e Evans estava encarando aquilo perplexa. Magnus não apenas matou Evangeline. Ele queria que ela sofresse.Marcas de garras em seu pescoço eram possíveis de ser observadas, seu corpo estava com marcas. E por um momento, eu me senti aliviado de não ter que lidar com essa mulher que nos causou tanto mal.Mas Elena não parecia sentir isso.Seu coração era puro, genuíno, por mais que Evangeline tivesse destruído a sua vida, ela não conseguia se sentir vitoriosa."Gabriel."chamei o beta." Peça que recolham esse corpo."Ele assentiu. Então a minha única reação foi afastar Elena de lá. Eu a seguro a levando para longe da matilha, ouço o farfalhar das árvores e nenhuma palavra sequer vindo dos lábios dela.Sua pele está fria.Até que ela se s
137. Visões
Elena Evans.A floresta ao redor parecia prender a respiração enquanto avançávamos em silêncio por ela. O solo úmido abafava os nossos passos,mas os lobos rugiam e uivavam a procura de um dos nossos. Cada sombra entre as árvores parecia se mover, cada rajada de vento parecia carregar um sussurro de perigo.Mason caminhava à frente, seu olhar fixo no horizonte escuro. O grupo de elite se movia em sincronia perfeita, os olhos atentos a qualquer sinal de emboscada. Eu sentia o coração batendo acelerado, mas não era apenas pelo perigo da missão. Havia algo mais. Algo dentro de mim que parecia... vibrar. Como um fio invisível sendo puxado, chamando por mim."Não era para você vir, eu cuido desses problemas." Mason uiva.""Eu vou precisar fazer algo bem pior que vir em uma floresta atrás de um lobo, e você sabe disso.""Temos uma filha. Se algo acontecer a você, eu não irei me perdoar Evans.""Se eu não participar disso, nossa filha ficará sem mãe de qualquer jeito." ponho a mão em seu ombr
138. Ação
Mason BlakeA mulher adentrou a nossa casa e observou Elena, que parecia estar imersa em pensamentos distantes."Ela está assim desde que voltamos da floresta." eu disse enquanto encarava Elena.""Elena está em transe, o véu está a chamando.""E o que isso significa?"arregalei os olhos.""Significa que vocês precisam acabar com isso logo, Alfa. As outras bruxas estão ajudando Magnus nisso, pois elas querem poder, um poder sujo, que só o primeiro lobisomem pode fornecer. Mas isso causaria mal a todos.""Como sei se posso confiar em você?"minha mandíbula estava tensa."A mulher, de codinome, Silvia, me encarou de volta."Está no seu direito, minha descendência não vem sendo muito honesta ultimamente, mas eu quero que esse véu seja quebrado o tanto quanto com vocês."Eu não acreditava em nada que saia de sua boca, até que ela mencionou o real motivo de querer tanto nos ajudar a quebrar o véu."Eu realmente era amiga da falecida Evans, e ajudei ela e Elena a fugirem. Mas o real motivo, é q
139. Emboscada
Elena EvansEncaro um dos únicos vestidos que ainda me cabiam enquanto eu estava grávida de Melissa e sorrio. Enquanto eu dobrava as pequenas roupas da bebê, eu encarava a janela me perguntando pela milionésima vez como eu faria o que devo fazer.Me recordo do quão aconchegante era quando ela estava em minha barriga, eu sentia que podia a proteger de toda a maldade deste mundo e de Magnus.O nome fez revirar meu estômago.Guardei as roupas que recolhi do varal, eu me sentei no sofá, e folheei meu livro. Frustrante.Nada de bom saia. Eu não conseguiria escrever, talvez não fosse tão boa escritora como a minha mãe.A minha cabeça só conseguir focar na situação que eu tinha diante de mim. Hoje,iriamos até o cemitério, hoje eu quebraria finalmente esse véu.Jogo o notebook para longe e pego o diário da minha mãe que estava na penúltima gaveta do pequeno armário a minha esquerda. Eu nunca mais o li.Retiro o marcador da página onde eu havia parado, e começo a ler um pequeno trecho.Elizab
140. Barreira
Elena Evans Eu me recusava a acreditar.Eu não queria acreditar.Liv me salvou, ela fez o parto de Melissa. Por que ela faria isso? Eu estava o tempo todo com uma inimiga."Aquela loba vadia!" Mason fincou as garras na árvore a nossa frente." Vou arrancar as vísceras dela."Minha respiração falhou. Eu encarei ele, a minha mente repassava todos os momentos de amizade que tivemos, inclusive quando ela salvou a minha vida naquela floresta. Eu estava grávida, sangrando, se não fosse por Liv, eu estaria morta.Mas…Eles precisam de mim viva.Magnus era esperto, ele sabia que precisava do meu sangue esse tempo todo para completar seu ritual. Então ele fingiu que queria me matar. Mas, na verdade, era o contrário. Por isso Livia me ajudou. "Escute." Mason disse me encarando." Aconteça o que acontecer, não sairemos daqui sem quebrar esse véu."Minhas mãos tremeram."Talvez fosse melhor recuarmos." sussurrei.""O alfa tem razão." Gabriel comentou." Agora que já sabem de nossas intenções, não
141.O Chamado do Véu
Elena Evans.O chão sob meus pés pulsou. Era uma sensação estranha, como se eu já tivesse estado aqui antes. Assim que a bruxa quebrou a barreira, eu senti uma onda de energia percorrer meu corpo. Eu já estive aqui antes, não fisicamente, mas em sonhos. Desde que cheguei a esta cidade, os lobos, as visões... tudo era real. Desde o princípio, mesmo sem saber, eu já tinha sonhado com esse lugar. Estava tudo predestinado."A barreira foi quebrada. Eu sinto o cheiro deles", Mason vociferou.Eu limpei a garganta, e um soluço seco desceu pela mesma. Recuamos, e os lobos de Magnus se aproximaram. O bando era forte. Os olhos de Atlas se arregalaram, e naquele momento eu soube que tinha muito a perder. Eu não podia perder. O objetivo era chegar ao centro do cemitério, onde havia uma espécie de caverna, o único local onde eu poderia quebrar o Véu."Fiquem em posições estratégicas", Mason ordenou. "Sim, Alfa", todos responderam em coro.Mason me encarou com os olhos quase dourados, sua feição ap
142. Uma troca justa.
Elena Evans Apoiei a bruxa em meus ombros. Eu precisava dela, e não somente por isso, era por gratidão. Silvia ajudou a minha mãe, quando elanão tinha mais ninguém nessa cidade, e eu não iria deixá-la para morrer.Finalmente chegamos na caverna, e a energia daquele lugar era intensa, chegava a me carregar."Eles virão logo, você precisa correr, me deixe aqui." ela sussurrou.""Vou te levar comigo. Os lobos estão lutando entre si. Magnus tem o ego tão grande, que não perceberá que estamos aqui." A escuridão nos envolveu quando avançamos. O som dos uivos e dos rugidos ainda ecoava lá fora, misturado ao estrondo de corpos se chocando. Eu tinha pouco tempo.Silvia arfava, pressionando o ferimento no braço. O sangue escorria em fios grossos, tingindo sua pele pálida."Você está perdendo muito sangue." Rasguei um pedaço do meu casaco e improvisei uma atadura, apertando sobre a ferida. Ela estremeceu, mas não reclamou.Sei que está mal, mas preciso que me diga como faço isso." Minha voz s
143. Ferimento
Meus olhos quase cegaram. A luz era forte e visível, eu olhei para o lado, e Silvia estava no chão urrando de dor."Aguenta somente mais um pouco."murmurei."Meu sangue estava sendo drenado, parte dele, para o véu, era como se a minha energia estivesse sendo puxada, algo inexplicavél. Como se eu fosse criada para fazer aquilo.As palavras de meu pai ecoaram em minha mente, e eu me concentrei apenas no que eu devia fazer.Mas então, a figura de duas silhuetas me assustou, me tirando completamente do foco.Eu obviamente reconheceria aquele cheiro até no inferno.Magnus. Acompanhado da bruxa desgraçada, Selene."Ora, o que temos aqui."ele riu."Você não vai ter sucesso no seu plano, hibrida. Quando você e o seu querido Alfa vão entender que eu sempre serei maior que vocês?"Meu coração acelerou, mas eu não me permiti demonstrar medo. Se eu hesitasse, eles teriam vantagem. Respirei fundo e mantive as mãos firmes."Chegamos bem a tempo," Magnus murmurou, seus olhos escuros brilhando com di
Último capítulo