119. Três palavras, sete letras.
Elena Evans.
Meus olhos se abriam a noite inteira. Eu me enrolava com os lençóis de seda, e pestanejava, procurando uma saída. Mas meus pensamentos não me deixavam em paz.
De forma alguma.
Eu precisava continuar a escrever o meu livro. Era uma forma de distrair a minha mente, e não pensar que minha bebê estava nas mãos de uma louca psicótica.
Peguei o caderno, que consegui trazer comigo na fuga, e continuei a escrever.
Talvez isso me ajudasse a esquecer, ou talvez piorasse…
Eu estava escrevendo sobre um romance. Nada muito diferente do que aconteceu na minha vida. Lobisomens, são um ótimo livro de fantasia.
Mas será que a minha vida era um romance? Eu já não tinha tanta certeza.
Eu amanheci no sofá. Abri meus olhos, e a realidade dolorida ainda permanecia ali. Tudo aquilo era real. Minha filha foi sequestrada, a minha vida estava fora dos trilhos.
Algo precioso tinha sido tomado de mim.
E eu não conseguia me mover.
Mas eu precisava. Bolar um plano para salvar a minha filha e acabar