Mundo de ficçãoIniciar sessão- Saia, eu cuido dele agora!
A mulher o fitou surpresa e indignada quando ele passou por ela assumindo seu dever.
As coisas não estavam indo como pensava e teria de lidar com emoções infantis mais cedo do que imaginara - para conhecer e se preparar da melhor forma possível - mas não tinha importancia. Só o bem estar do garotinho era importante agora e ele já tinha uma idéia do que o fez entrar em modo sobrevivência. Ao entrar no suntuoso e feminino quarto, seus olho treinados procuraram nos lugares específicos e não demorou muito para perceber a pequena forma atras da cortina pesada, encolhido. Ele se sentou suavemente no tapete, não muito próximo, nem muito longe.
-Aquela mulher me assustou muito. - Começou com sua voz suave - ela tem a voz muito irritante e olhos muito grandes parece um gafanhoto e eu não culparia nenhuma criança que fugisse dela. Ela me deu medo. Meu coração b**e acelerado até agora.
Lucas olhou de relance vendo um olho lindamente azul picina o fitando timidamente mas com curiosidade.
-Se ela falar com o pequeno principe Naeem assim vou protege-lo e vou fazer ela correr e nunca mais voltar! Ele é apenas um bebê, filho de uma fada linda a da foto enorme neste quarto. Ela veio nos meus sonhos com lindas asas translucidas, uma tiara brilhante nos cabelos loiros e me disse: Luka, preciso que cuide do meu principezinho. Defenda-o e fique ao lado dele e não deixe que nenhuma bruxa ou monstro o pertube.
O rostinho mais lindo rodeado de loiros cabelos dourados como de um anjo e os grandes olhos azuis estavam em sua visão agora, não estava chorando em silêncio mais, ele engatinhara da cortina até a frente de Lucas e o fitava em silêncio a boquinha em formato de o. Poderia alguém se apaixonar a primeira vista por um garotinho que tinha o rosto tão parecido com o de Aya? Mas Aya tinha cabelos longos e olhos amendoa. Ele lembrava de ter prometido a si mesmo que quando seu tempo de voluntário na Cruz Vermelha terminasse iria dota-la e leva-la consigo para a casa de seus pais. O destino não permitiu mas tres anos depois o mesmo Deus que guiou Lucas a Aya agora estava ali e trouxe o pequeno Naeem.
- Se Naeem estivesse me ouvindo aqui na minha frente eu diria para ele: Meu pequeno principe, uma linda fada da floresta, a fada rainha sua mãe, veio nos meus sonhos um dia e me mandou para proteger vc, eu sou seu protetor, guerreiro e babá especial e juro que não vai mais ficar sozinho porque estarei aqui e vou te abraçar e ninguém poderá dizer nada de ruim sobre voçê e também não me importo se fizer xixi na cama eu também ja fiz quando tinha a sua idade.
Naeem estava totalmente focado em Luca agora. Tão perto que poderia abraça-lo se ele lhe permitisse. Aquele garotinho precisava de carinho, estabilidade emocional e segurança. Então ele se deitou no chão, o tapete fofo e confortável e começou a cantar uma canção que aprendera com Aya. Era do jardin de infância e ele cantara para as crianças e para si mesmo em meio a sons de bombardeio e tiros. Surpreendentemente , o coração batendo rápido e agradecido sentiu o corpinho frágil se chegando a ele lentamente e então deitou a cabecinha loira em sua barriga. Lucas o abraçou sabia que era raro uma criança confiar tão rápido num adulto principalmente se tem algum transtorno. Acariciando suave seus cabelos, sentindo a conexão como se tivesse protegendo Aya em seus braços novamente.
-Oi principezinho Naeem, meu nome é Luka. Estarei aqui agora. Não vou embora. Serei seu babá.
Pelo que sabia de TPT em crianças, Naeem tinha vários destes desdobramento chupava o dedo por ter regredido, fez xixi na cama e se assustava com minimo barulho e segurava o braço de Lucas como seu refugio. A primeira tarefa foi tentar troca-lo com ajuda dele e trocar os lençois da cama. Fazia movimentos lentos e o garotinho não tirava os olhos dele.
- Pequeno pode me ajudar a te deixar limpinho e escolher um pijama ? Voçê pode me levar até seu quarto?
Antes que ele reagisse com medo esticou a mão e esperou. O menino tocou sua manga e segurou enquanto acompanhava Lucas pelo corredor e apontou uma porta gigantesca e entalhada. Lucas entendeu que o menino preferia o lugar onde sempre via a mãe e tinha o cheiro e coisas dela para refúgio. Era muito comum mas dormia com alguem que sentia seguro. Lucas agiu devagar sem movimentos bruscos e encontrou um quarto muito masculino.
O garotinho apontou uma comoda de marmore e Lucas achou pijamas e seguiu a mesma forma esperou que ele o apontasse o banheiro. Começou devagar com o chuverinho da banheira sentindo a temperatura e esperando que Naeem tirasse o dedinho da boca enquanto o ajudava no banho rápido e se vestir. Não houve muitos problemas além do normal. No entanto, a criança ficava olhando todo momento para Lucas verificando se ele continuava ali, se não o abandonava.
-Como não sei qual meu quarto ainda, que tal eu deitar aqui no chão com esse travesseiro e poderemos dormir tranquilos, está tudo bem para voçê?
Mesmo assim, a todo momento o menino olhava para a cama improvisada de Lucas. Estava tão exausto mas estendeu a mão p ele convidando-o e a criança atendeu vindo até ele devagar e se deitando proximo dele segurando seu braço, chupando o dedo e cheirando um tecido que não soltava desde que o vira atras da cortina.
Lucas adormeceu com a criança encostada nele e nem percebeu quando já tarde da noite um helicoptero aterriçou no jardim e passos pesados atravessaram o corredor até eles e a porta foi aberta. Uma figura alta e imponente se manteve estática observando a cena no seu quarto e lentamente se aproximando sem fazer qualquer barulho, verificou se a criança estava bem deu um breve olhar para Lucas e se afastou.