Eu zanzava de um lado para o outro, sem saber direito o que pensar. O trabalho podia esperar. Ah, uns minutos a mais uns minutos a menos não mataria ninguém, certo?
Errado.
Mas eu nunca fui tão certinha assim mesmo.
— Se você é eu — sério, Jasmim? —, então eu tenho perguntas.
— Pode perguntar — ela disse, ajeitando a roupa que parecia de hospital e sentando-se na beirada da cama.
Tinha tirado-a do banheiro assim que escovei os dentes e me recuperei do choque ao ver a tatuagem idêntica à minha .
— Em que dia, mês e ano eu nasci?
— 28 de Dezembro de 1997.
— Você pegou minha identidade? — Inquiri, desconfiada.
Ela riu.
— Não querida, eu não peguei nosso RG.
Mentira. Ela tinha pegado. Eu tinha certeza disso.
— Minha cor preferida?
— Verde. Não um verde qualquer, mas um piscina.
— Porque...
— Era a cor dos olhos de nossa avó — completou.
Me sentei na cama, atordoada.
— Quando eu me apaixonei por Eros?
Era difícil tocar nesse assu