O olhar de Beatriz permaneceu fixo no rosto de Sterling, enquanto uma sensação incômoda, como se fosse provocada por pequenas agulhas, infiltrava-se em seu coração. Cada fio de preocupação parecia formar uma rede invisível que apertava seu peito, quase a sufocando.
Ela tentou captar algum traço de emoção nos olhos profundos de Sterling, mas tudo o que encontrou foi uma calma impenetrável, como a superfície de um lago sereno, escondendo correntes imprevisíveis em sua profundidade.
Uma inquietação começou a crescer dentro dela. Será que Sterling havia descoberto alguma coisa?
— Papai, por que você não está falando nada? — A voz infantil de Laura quebrou o silêncio, trazendo os dois de volta à realidade.
Sterling abaixou os olhos para olhar o rosto da filha que estava em seu colo.
Por um momento, ele ficou imóvel. Não sabia por quê, mas sentiu como se estivesse olhando para Clarice. Era uma impressão ou talvez apenas uma coincidência, mas aquela semelhança era inegável.
Beatri