🥀 Amandla Salvino – Meu Futuro.
🥀 Aos 14 anos de idade.
-- Sua vagabunda é assim que me agradece tudo que fiz por você? _minha mãe diz e desfere mais uma bofetada em meu rosto. – Não bastou ter comida e roupa, tinha que querer roubar meu homem? _ ela me empurra e caio no chão chorando muito.
Minha mãe entendeu tudo errado quando pegou Rodrigo a traindo comigo e fui expulsa de casa, nunca fiquei tão feliz, tão aliviada, só tive tempo de pegar um casaco que estava perto da porta e meu tênis, sair sem olhar para trás, não sentiria falta de nada que deixei para trás alguns minutinhos que tinha saído sentir meu braço sendo puxado, fiquei com medo de que Denise tinha mudado de ideia e que veio me buscar para voltar, olhei para trás e me assusto ao ver Rodrigo segurando meu braço, ele parece apressado. Disse que queria para mim ir até sua casa e esperar por ele, disse que as coisas aconteceram rapido de mais e que tinha tudo preparado para ficarmos juntos. Até parece que vou ficar com ele, tudo que sinto por esse monstro, é ódio e desejo que eles me esqueçam, pois vou fazer o mesmo. Ele acha mesmo que depois de tudo que ele fez vou esperar ele nesse tal endereço. Ele acha que só porque nunca disse nada para minha mãe, que eu gostava dele também, nunca gostaria de alguém que fez o que fez comigo, ele me destruiu de dentro pra fora. Teve uma vez que ele se declarou pra mim, dizendo que me amava e que ficaríamos juntos, eu chorei de medo, desejei morrer, pois já sabia que nunca poderia me livrar dele se eu não saísse desta casa. Ele achou que estava chorando de alegria pela sua declaração. Eu chorava era de pavor, pois sabia que ele não me deixaria em paz jamais.
Ele me falou de seu plano de ficarmos juntos, ele estava esperando que eu completasse meus 18 anos, para fugirmos juntos, pois segundo ele eu era menor de idade e não poderia ir embora com ele. Ai lhes pergunta, porque ele não pensou nisso antes de me violentar naquela noite. Hoje em dia eu odeio o dia de meu aniversário, tudo por culpa dele, se bem que já não gostava antes, mais agora eu odeio. A chave com o endereço que ele me deu e joguei na primeira lixeira que achei, com o dinheiro que ele me deu, no total de 300.00 reais, peguei um taxi e pedir para me levar até a rodoviária. Paguei o taxista e seguir para dentro, perguntei o preço para a próxima cidade, gastei no total de 25.00 reais no taxi e a passagem deu 200.00, sobrando apenas 75.00, com 50.00 reais comprei uma calça de moletom e uma blusa. Os outros 25.00 foram rápido gastos na primeira parada, paguei por um prato de comida e nas outras paradas, fui abençoada ao encontrar um casal de idosos que vendo a minha situação, me ajudaram no restante da viagem e quando eles desceram do ônibus fizeram questão de me deixar uns trocados para poder comer até chegar ao meu destino.
-- Esse dinheiro é para ajudar você a chegar bem em seu destino querida. _ a senhora diz.
-- Não precisa disso dona Adelaide, vou conseguir me virar sozinha. Com certeza vocês vão precisar mais que eu. _ digo e tento devolver, mesmo eles sendo tão simples ainda assim eles pensaram em me ajudar, bem que tentei devolver o dinheiro, mais não deu muito certo.
-- Pegue minha criança, não se preocupe conosco, nosso filho já está nos esperando. _ seu Miguel diz e coloca o dinheiro em minhas mãos. – Se cuida querida, depois de tudo que passou, você merece ser feliz. _ sim, eu contei tudo, precisava desabafar com alguém e a viagem era muito longa, me sinto até mais leve.
-- Obrigada seu Miguel, dona Adelaide, vocês foram anjos que Deus colocou em meu caminho. Obrigada mesmo. _ digo e abraço eles dois e sinto as lagrima virem com tudo, vou sentir a falta deles.
-- É tão gratificante ver que mesmo depois de tudo que passou a sua fé continua firme e forte. _ dona Adelaide diz segurando meu rosto e fazendo carinho, sorrio para ela.
-- É essa fé que tenho em deus que me mantem de pé, me mantem firme e forte como disse. _ digo e ela sorrir. – O que não nos mata, nos deixa mais forte, já dizia o ditado. – digo e o abraço novamente. – Vou sentir falta de vocês. _ beijo na testa deles e me afasto para encara-los. – se cuidem, espero vê-los novamente. _ já estou com lagrima nos olhos.
-- Assim esperamos, tenha uma ótima viagem querida. Vá com Deus. _ dona Adelaide diz e eles beijam minha testa, me despeço deles e sigo para o ônibus, entro e da janela dou meu ultimo adeus a eles e seguimos viagem, o ônibus pega distancia e vejo-os sumirem aos poucos e sinto mais lagrima caírem. Eles foram às únicas pessoas que me trataram com amor e carinho, e isso fez meu coração ter mais fé no mundo, e saber que não existem só pessoas ruins como a Denise ou como o Rodrigo no mundo, e sim pessoas como seu Miguel e dona Adelaide, graças a Deus.
🥀 Boa Leitura