Os nós dos dedos de Bernardo estavam esbranquiçados, tamanha a força com que ele segurava o volante à sua frente. Pelo menos estávamos parados, ele tentava recuperar a calma antes de começar a dirigir. Seu rosto estava tenso, mandíbula cerrada, e eu podia sentir a raiva irradiando dele.
— Como você conseguiu passar três anos com aquele otário? — Ele praticamente cuspiu as palavras, seu tom repleto de uma raiva mal controlada.
— Ele não era um otário quando estávamos juntos... — defendi mais a mim mesma do que a Jonas. — Mas... ele sempre foi ciumento e... não está sabendo muito bem lidar com o término, pelo que parece.
Bernardo respirou fundo, tentando se acalmar, mas era evidente que ele ainda estava furioso.
— Ninguém saberia lidar com o fato de te perder, Alice. Mas isso não lhe dá o direito de te agarrar e te beijar à força.
Assim que Bernardo irrompeu a sala, Jonas me largou, surpreso por um momento. Antes que eles pudessem começar outra briga física, gritei por seguranças e prat