Quando Bernardo abriu a porta de vidro que levava ao terraço, no terceiro andar do triplex, fui recebida por uma brisa fresca que trouxe consigo o cheiro salgado do mar. O terraço era enorme, com uma piscina infinita que parecia se fundir com o horizonte. Havia espreguiçadeiras confortáveis e um bar elegante, tudo rodeado por plantas verdes que davam um toque de natureza ao ambiente luxuoso.
— Uau! Este lugar é incrível — murmurei, admirada.
— Fico feliz que tenha gostado — respondeu Bernardo, seu sorriso suave.
Começamos a caminhar pelo terraço, retomando a conversa que havíamos começado no almoço.
— Então, Alice, você ainda não me contou por que escolheu medicina — disse ele, olhando para mim com curiosidade.
Suspirei, lembrando-me das dificuldades que enfrentei.
— Sempre quis ajudar as pessoas — respondi, sorrindo levemente. — Quando eu era pequena, houve um incidente que... foi bobeira, mas... Sabe quando algo te marca? Nós tínhamos ido visitar meus avós no sítio deles no interior