Judith
Não consigo deixar de pensar que estou vivendo um sonho acordado. Penso quando sinto o toque dos seus dedos arrastando-se pelas minhas costas, enquanto fazem pequenos círculos em minha pele. O calor do seu corpo colado no meu me aquece, enquanto a neve cai impiedosamente lá fora. A sua respiração morna está batendo contra a minha nuca, causando-me leves arrepios por todo o meu corpo e me pego sorrindo quando lembro que fui amada nessa cama não só pelo seu corpo, mas pela sua alma também.
Devo dizer que essa sensação de felicidade que me absorve agora é incrível. Mas eu sei que tudo está por um fio de se acabar.
— Eu sinto muito pelo ocorrido, querida! — Thomas sibila baixinho, quando o seu rosto se enfia entre os meus cabelos e ele aspira o meu cheiro sem pressa, deixando-me arrepiada. No entanto, estou confusa.
— Ocorrido? — pergunto um tanto curiosa, virando-me de frente para ele. E sou imediatamente arrebatada pelo brilho dos seus olhos.
— Pela mentira na manchete — esclarec