Se a terra se tivesse aberto aos seus pés e tivesse tido a gentileza de o engolir, Zack ter-se-ia provavelmente sentido melhor. Ele nunca tinha visto tanta falta e só conseguia pensar que ao ritmo que esta mulher estava a trabalhar e o esforço que ela estava a fazer, esta falta de.... tudo, a culpa não pode ser dela.
Olhou à sua volta e sentiu um nó no estômago. Ele nem sequer tinha cama, por isso não tinha de perguntar pelo resto. Agora compreendeu porque é que chegou a casa a pé durante quarenta minutos do trabalho, porque provavelmente não tinha dinheiro para pagar o bilhete do autocarro.
Não havia nada naquele espaço que não fosse absolutamente indispensável à vida, e o único brinquedo era um pequeno animal de peluche que davam no hospital.
-Por que não me disseste? Zack murmurou naquela sua voz rouca e meio agarrada.
-Dizer-lhe o quê? -Andrea murmurou, embalando o seu bebé.
-Que se encontrava numa situação difícil! -Zack respondeu.
-Porque não era da sua conta. Não pode andar por