FELIPE

.

.

Eu fui até a empresa, deixei o carro no estacionamento da fábrica, decidido a pegar as minhas coisas no escritório e voltar pra São Paulo pra colocar a minha vida em ordem, mas assim que o elevador abriu, o Fred estava nele, e dessa vez foi a vez dele de partir pra cima de mim.

Ele me devolveu o murro que eu havia dado, e em questão de segundos os seguranças o seguraram.

— Manda esses caras me soltarem, Felipe.

— Soltem ele, mandei.

O Fred ficou me encarando, mas não voltou a me agredir.

— Que porra tá acontecendo com você? Porquê você ficou nervoso e com raiva quando falei da Mila?

Eu fiquei em silêncio, pensando se deveria ou não falar a verdade pra ele, e o que isso iria causar na nossa relação que sempre foi de amizade.

— Vamos subir e conversar no meu escritório.

— Não vou pro seu escritório porra nenhuma, eu me demito.

— Não seja infantil Fred, você não quer saber os motivos pra eu agir assim?

— Eu até já imagino Felipe, você é frequentador do