Capítulo 4 (Melina)

- Eu chamei vocês aqui porque a quarentena nos deu um prejuízo sem precedentes e bom... Precisarei dispensar vocês.

Isso deve ser algum tipo de piada... Não pode ser... E agora?

- Eu sinto muito por ter que fazer isso com vocês, mas ou diminuímos o pessoal ou vamos falir e todo mundo vai ficar sem emprego.

Suspirei derrotada. Todos tivemos que entregar os nossos aventais e assinar os documentos para o encerramento do contrato.

Fui para casa chorando, cheguei no apartamento, larguei tudo em cima da mesa e fui para o chuveiro.

Tomei um banho demorado, então fui deitar sem jantar mesmo.

____________

Quando acordei no dia seguinte eu senti cada parte do meu corpo doer. 

Mesmo assim prossegui com a minha rotina, preparei a marmita, tomei banho, vesti o uniforme de camareira, comi uma banana de café da manhã e prossegui para o hotel Carménère.

Estava limpando o quarto 206 quando ouvi batidas na porta, abri a porta e gelei na hora... O meu maior pesadelo estava parado bem na minha frente: Orlando Savignion.

- Vim conversar pessoalmente com você...

Dei um passo para trás e ele entrou no quarto e bateu a porta atrás de si.

- Eu acho que você não recebeu os meus recados porque eu não te vejo se esforçando para me pagar...

- Eu não tenho o que faz...

Ele me mandou calar a boca e assim eu o fiz:

- Você tem o que fazer: É só assinar a transferência de escritura para mim e seguir com a sua vida.

- Meu tio deixou a herança para mim - falei irritada.

- Seu tio deveria ter deixado dinheiro para você cuidar da herança dele - zombou Orlando.

Engoli seco, então o advogado me olhou uma última vez e disse:

- Eu tenho poder, dinheiro e influência. Se a grana não estiver na minha mesa até dia 22 ou você assina o contrato ou eu acabo com a sua raça... Você não tem noção do perigo, garota...

Ele saiu batendo a porta e me deixando sozinha no quarto. Eu só queria uma ajuda e acabei assim...

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