Cap. 73:
— Aquele quarto... o mesmo que era usado para me torturar se tornou um quarto de tratamento, não é irônico? O que um dia causou dor agora cura? — ele perguntou, a voz rouca e cheia de ressentimento, enquanto o peito subia e descia em ritmo acelerado.
— Ignore isso. Deixei esse detalhe passar pelos anos que você esteve longe desse lugar, mas é algo que não se pode apagar — Valmont disse, puxando Zen para longe dali, como se temesse que ele se desfizesse.
Mas pararam na metade do caminho, quando ouviram um som familiar vindo da cozinha: o noticiário. Os dois se aproximaram e pararam diante da televisão, a atenção capturada pelas palavras que ecoavam pelo cômodo.
— Mas que merda estou ouvindo? — Zen rosnou, a raiva borbulhando em seu interior.
Na tela, a advogada Bayer era anunciada como a grande vencedora do caso, tendo sido instrumental na prisão de Dimon. A cada palavra, a frustração de Zen crescia, seus punhos se cerrando com força.
— Parece que seus esforços foram apenas pa