Cap.93
— Lavínia... – Zara balbuciou, tonta. A visão de sua amiga nua, chorando e tremendo, a deixou sem palavras. – Você foi atacada por acaso? O que aconteceu? — A pergunta saiu de seus lábios como um sussurro, carregada de preocupação.
— Zara, está tudo bem? – Samuel perguntou do lado de fora do quarto.
— Não entre! – Zara gritou, indo em direção a Lavínia e jogando um lençol sobre seu corpo. A amiga chorava inconsolavelmente, como uma criança perdida. – O que aconteceu? Quem te bateu? Céus...
Lavínia se ajoelhou no chão, o corpo sacudido pelos soluços. O lençol escorregou, revelando hematomas e arranhões espalhados por seu corpo.
— Que inferno! – ela balbuciou, a voz rouca. – É assim que ele queria que tudo acabasse? – A pergunta ecoou no quarto, carregada de amargura. Ela analisou cada parte de seu corpo, reconhecendo cada marca e cada situação em que fora criada, como se cada uma daquelas marcas tivesse uma memória que fizesse seu estômago se comprimir.
Zara se sentou ao la