Arthur tirava a sonequinha da tarde com Enzo.
Quer dizer, ele dormiu, enquanto o pequeno fazia bagunça em cima de si.
— Tio, tio, tio, tio — o pequeno o chama, segurando o rosto do advogado com as mãozinhas. — Qué mamá, tio, tio, tio!
Ele abre os olhos e diz:
— Papai, repete comigo, Pa pa i — diz pausadamente.
— Ti ti o! — o pequeno responde também pausadamente — Enzo qué mamá!
— Se você não me chamar de papai, não tem mamá.
O pequeno monstrinho pensa por alguns segundos.
— Tá! Papai, dá mamá, tio.
Augusto dá uma gargalhada com Valentina nos braços.
— Não é bonito chantagear uma criança.
— Não é chantagem é um... Um...
— Suborno?
— Não, incentivo!!!!!
— Vem amor, eu fiz seu mamá.
Augusto se abaixa, pegando a criança com o outro braço.
— Onde Laís foi?
— Ao mercado, fiquei pra tomar conta de vocês — Guto dá a mamadeira pra Enzo.
— Bigado, tio — o garotinho responde sorridente.
— De nada, pequeno.
— Guto... Você acha que eles se parecem mais com quem: comigo ou com você?
O outro dá uma