Ele realmente se atrevia?
Por que ele sabia que ela não faria nada.
Ela não chamaria Olga de verdade. Se ela considerava a insistência de Rodrigo como um comportamento desprezível, o que dizer de si mesma?
Querendo tanto quanto ele, mas se segurando com todas as suas forças, não era também um comportamento desprezível?
A pessoa atrás dela, no entanto, soltou um riso mudo.
- Não é confiança, é fé em você.
Ele estendeu a mão, com a palma virada para o centro da mão dela, seus dedos definidos entrelaçam-se nos dela, e ele disse com uma voz rouca:
- Camila, me desculpe. - Seu tom carregava um tom de arrependimento e também de cautela.
Três anos atrás, se ele não tivesse insistido para ela se afastar, talvez aquele acidente não tivesse acontecido.
- Desculpas servem para alguma coisa? - Alicia, com um olhar sombrio, se desvencilhou do abraço dele e se afastou. - Meu pai morreu, Karina também, perdi meu bebê, se naquele dia eu não estivesse na chuva...
- Que bebê?
A garganta de Rodrigo travo