Logo de manhã, uma mensagem de Antônio iluminou meu celular: [Estou a caminho da Cidade M para te levar para casa.]
Dei um pulo da cama, o coração aos saltos.
E lá estava ele em carne e osso. Os cabelos levemente desgrenhados, pequenas olheiras marcando seu rosto, sem aquele ar impecável que sempre carregava. Parecia mais humano, mais próximo, como alguém que faz parte do cotidiano.
Não é por acaso que meus pais o escolheram. Uma família respeitada, boa aparência e, acima de tudo, caráter. Como pude ser tão cega para não notar suas qualidades antes?
Percebendo meu olhar insistente, Antônio se remexeu desconfortável. Passou a mão pelos cabelos, confessando com voz baixa:
— Fui dormir tarde ontem e acordei com os primeiros raios do sol hoje, por isso estou com essa cara de sono.
Captei a deixa no ar e indaguei, curiosa:
— Foi por causa dos animais que ficou acordado?
— Exatamente. — Respondeu ele com um sorriso cansado. — Mas não se preocupe, estão todos bem. E também sentem sua falta, p