Meus pensamentos foram interrompidos pelos gritos de uma criança. Virei rapidamente e vi os paramédicos trazendo mais uma vítima do acidente. O menino estava muito agitado, gritando toda vez que alguém tentava tocá-lo para mantê-lo na maca.
Já havia presenciado uma situação parecida no Brasil… na época, foi difícil até entendermos o que realmente estava acontecendo com o garoto. Caminhei decididamente em direção ao aglomerado de profissionais ao redor da maca, tentando tranquilizar a criança.
— Por favor, se afastem da maca! — Pedi em voz firme. Todos me olharam surpresos, já que o menino estava com um ferimento visível na cabeça. — Por favor, afastem-se! — Repeti com mais suavidade e, mesmo sem entenderem de imediato, todos obedeceram, inclusive a pediatra de plantão.
Me aproximei devagar, respeitando o espaço dele, e me abaixei um pouco para ficar mais próxima do seu campo de visão.
— Olá, meu amor… me chamo Sarah. — Disse com a voz mais calma e doce que consegui, sem o tocar nem in