Angus decide deslocar de vez minhas calças para baixo. Meu pau começa a sentir o vento gelado e minhas bolas instintivamente ficam duras. Vislumbro o lado de fora por um segundo, mas minha visão só atinge um exato lugar iluminado do gramado. Não tenho certeza se algum guarda pode nos pegar ou se manifestar pelos postes, só posso temer e torcer para isso não acontecer. Apanho a sua mão, a que acaricia meu abdômen, e precipitadamente a líbero debaixo das minhas roupas. — Vem — Angus sussurra, puxando-me para longe da porta. Andamos em direção à curva de um corredor com meus joelhos embolados nas calças. — Não podemos fazer isso aqui — digo, enquanto viramos o corredor. Seguro no meu pau tentando protegê-lo do frio, porém, minhas mãos também estão tão geladas que não tenho capacidade de esquentá-lo. — Não faremos, vamos para o meu dormitório. — Não Angus, isso é errado. Eu tenho que ir embora. Ele sorri. — Bake, eu sei que você quer — ele chega mais perto, novamente trazendo a mã
— Quero foder você — pronuncio, cobrindo seu pau mais uma vez com os lábios. — Vai me foder bem devagar? — ele pergunta em sussurro com as pálpebras semi fechadas e soltando outro grunhido ao fim da frase. Para concordar, sugo sua glande e seu corpo todo se retrai. De um jeito ágil, solto seu pau e olho para cima: — Vou rasgar você. Ergo-me posteriormente. Entramos no banheiro e Angus liga as luzes. É um banheiro minúsculo, tem uma pia com um armário e uma parede de azulejos cinza envolta do box que o separa do restante do banheiro. — Onde colocam as camisinhas? — pergunto a ele ao tempo que me aproximo da pia. Angus já ligou o chuveiro e já se encontra de costas para mim enquanto se esfrega apenas com água. — Não precisa usar se não quiser. Não tenho doença — ele se vira para mim, a água percorre pelo seu rosto, passando pelo abdômen e atingindo seu pau ereto. Rodeio os lábios com a língua, mas afasto instantaneamente a tentação de seu corpo e carrego o olhar para o seu rosto.
Odeio o garoto da aula de artes. Na verdade, eu odeio tudo o que envolve artes. Desde a professora baixinha de vestido florido até os desenhos de árvores para o Dia da Árvore. Faço desenhos péssimos e tenho total consciência sobre isso. Só em uma aula eu consigo gastar uma quantidade absurda de papel a cada traço que erro. Sempre rasgo a folha e a amasso. Acumulando tudo em cima da mesa. “Anjo, não é amassando papel que fará um bom desenho,” dizia a professora com a mão no meu ombro e uma voz limpa e suave como de toda professora de artes. E a minha única vontade era de responder: e não é pintando o cabelo que achará um marido. Também odeio pintar. Nossa... cansa terrivelmente a mão. Cansa mais que bater uma punheta, e olha que às vezes uso as duas mãos. Mas bem, nada na aula de artes consegue ser pior que Jack. Nada. Fico muito feliz de ser a única aula que temos juntos. No entanto, é a pior aula de todo o dia. Jack senta atrás de mim, ele é o favorito dos professores, ou de uma b
— Não estamos fazendo nada de mais — dou um sorriso. — Deviam estar na aula, principalmente o Angus que agora devia estar na minha aula. — Mas ele não está. — Cala boca, Jack — Angus decide abrir a boca. — Mas já estou indo para a aula. Angus sobe um degrau, porém o puxo pelo braço fazendo ele voltar para o degrau anterior. — Ele vai para a aula comigo. Francês, a professora quer falar com ele sobre a prova. — Que prova? — Angus coça a bochecha. — A que você fez na quinta. — Que… — Angus tenta questionar de novo, só que desta vez prefere ficar calado. — Tudo bem então. Vá para a aula de vocês — o professor coloca as mão no bolso e observa curiosamente a gente subir as escadas. Os olhos verdes tilintando como se fossem capazes de dizer “sou o único que deve foder ele”. A professora apenas acenou para a gente entrar na sala enquanto lia um livro em voz alta para a sala. Sentamos distante da mesa dela em dois lugares vagos junto às janelas. Angus se jogou na cadeira bufando pr
— Não fiquem com medo, não vão levar bronca. Podem se sentarem — o psicólogo Torry indica os lugares mostrando um sorriso. Jack olha desconfiado para ele, mas só decide se sentar quando eu me sento. A sala tem uma decoração bem minimalista construída em cima do cinza e do branco. Possui alguns vasos com plantas verde-escuras pelas mesas, quadros de diplomas e fotos de pássaros em preto e branco. — Soube que vocês estão tendo um relacionamento homoafetivo — o psicólogo sorri. — Foi o merda do seu professor — Jack cochicha. — Mas a culpa foi sua — cochicho de volta. — Enfim, não importa quem é o culpado. Fico feliz por vocês dois — ele pega duas pastas e as abre. Coloca os óculos, lê por alguns segundos e depois coloca os óculos de volta na parte de cima da cabeça. — Ambos têm transtornos psicológicos. Angus tem bipolaridade tipo 2 e você, Jack, TDAH. Os dois tomam os remédios corretamente? — Eu tomo. Você sabe que Kira me dá todos os dias. — Sim, ela anota no cal
Jack fecha à porta após eu entrar.— Pensei que não vinha mais, por que demorou? — meus joelhos ainda estão doendo, não o respondo, e ando no sentido da pia para aliviá-los com água. Ligo a torneira, começando a esfregar cada um dos joelhos enquanto ouço Jack falar um monte de coisas sexuais sobre a minha demora. “Sim, Jack, eu estava chupando Hector, por isso estou com os joelhos doendo.” Mais fácil dizer isso para ele do que contar que descobri como Eltery se tornou líder do time de basebol. É incrível como Eltery chupando a professora de educação física consegue tantos privilégios, e eu tirando todo o leite de Hector não consigo nem um “+” nas provas de literatura.Bem, ele pode não me dar notas altas, mas me traz comidas de fora do internato com roupas. As vezes me traz a b&iacut
Retorno ao dormitório e acabo encontrando Feller acordado. Ele está na nossa mesinha perto da janela, iluminado pelo abajur enquanto escreve alguma coisa.— Onde estava? — questiona ele, sem se virar para olhar.— Estava com Jack — respondo, tirando os sapatos e colocando perto da porta.— Você não vivia dizendo que não gostava dele?— Bem… — olho para o teto —, talvez ele não seja tão ruim — é sim. Guardo a escova e a pasta dentro da gaveta e me dirijo para a cama.— Tão ruim? Heather falou que ele vive em cima de você — a cabeleira loira de Feller balança quando se vira.— É, ele fica. Mas ele só tá tentando amizade..— Certeza?— Aham… não é da sua conta — digo estupidamente, relembrando d
— De novo atrasado, Angus? — indaga Hector, no momento que entro na sala. Ele solta a caneta em cima dos papéis e ergue-se da cadeira. Todo mundo está me encarando e, alguns poucos, fingem estar com a atenção na lousa, mas com certeza estão esperando ansiosos pela minha advertência.— Desculpa — digo. Hector vem caminhando na minha direção. Seus cabelos ruivos, estão em cachos perfeitos, ele transpira um perfume agoniantemente provocante e as sardas nas bochechas estão mais nítidas que antes. E sua face está assustadora, ou eu estou assustado demais?Maldito Jack, se não tivesse ficado conversando com ele na escadaria, não estaria acontecendo isso.— Continuem fazendo as atividades, vou falar com o sr. Wesler e volto em breve — declara ele e coloca a mão no meu ombro, me guiando para fora da sala. Quando fecha a porta, conti