Todas as Formas de Rasgar seu Coração
Todas as Formas de Rasgar seu Coração
Por: Ryan. H. Drerk
1 | Seu Professor

Minha cabeça dói, meus olhos marejam de sono e meu pau se encontra dolorido dentro das calças — implorando por uma punheta.

Ainda estou terminando de corrigir algumas provas da semana passada. No relógio, já alerta ser 9PM, provavelmente o internato está vazio por conta do feriado de Halloween. E os poucos alunos que restam, já devem estar dormindo.

Ergo os olhos, após terminar de corrigir a última prova. A sala está em um silêncio delicioso, talvez poderia me punhetar bem rápido. Mas na sala ainda pode ser muito arriscado.

Levanto da cadeira, enquanto ajeito os papéis e os coloco dentro da maleta. Com dois tinidos, a travo e a guardo debaixo da mesa. Sem qualquer vergonha, aproveito para arrumar meu pau outra vez nas calças até ele ficar flácido e parar de marcar.

Passo a observar o corredor sombrio, receando em não ter saído com Dona quando ela me ofereceu carona e um jantar no centro da cidade. Devia ter aceitado, pareceu bom e os seios de Dona são agradáveis o suficiente para me tirar da abstinência de sexo.

Obrigo-me a parar de apertar as bolas e observar o corredor. Ainda posso conseguir um ônibus neste horário — se estiver com sorte.

Recolho o restante das minhas coisas da mesa e coloco tudo dentro dos bolsos da blusa. Canetas, chaves de casa, cartão do ônibus e até uma barra de chocolate, que uma professora havia distribuído de Halloween, coloco dentro dos bolsos.

Deixando a sala, depois de trancar a porta, começo a seguir devagar pelos corredores. Já tenho em mente que o horário da minha perna ter espasmos não está muito distante, e não demorará para isso acontecer e foder com a minha volta para casa.

No restante do caminho até a saída do internato, meu pé passa a se arrastar no carpete do passadiço, soltando ruídos. Como já tinha me precavido. Paro por um momento, no meio do corredor, apoiando todo o meu peso na outra perna. Pressiono a mão no rosto dizendo a mim mesmo que a dor já irá passar. Não me movo, nem mesmo quando sinto que a dor está suavizando. Acredito que, se der mais um passo, iria cair e ficar me roendo de dor.

Espero e espero, quando não percebo mais dor, arrisco a dar um passo. Quando faço, é como um osso quebrando. Dor com agonia se espalha do joelho à virilha. Dou outro passo, segurando-me nos armários e sendo capaz de prosseguir lentamente com a dor.

Estagno mais uma vez, pouco à frente, quando já estou na porta de saída que liga o prédio ao campo de esportes. O vento está pesado, ele atinge meu rosto e levanta folhas do gramado, fazendo-as percorrerem pelo menos três ou cinco metros.

Durante o tempo que descanso da dor, aproveito para revirar um dos bolsos para pegar um pacote de cigarros. Reviro e reviro até encontrar o pacote, mas acabo pegando junto com ele a barra de chocolates. Movimento a barra para uma mão e o cigarros para outra, guardando em seguida a barra de volta no bolso.

Continuo a procura, desta vez pelo isqueiro, ao tempo que observo a neblina formada nos portões do internato. Ótima noite de halloween.

Sem mais estresse, apanho o isqueiro e consigo acender o cigarro, soltando em seguida a fumaça em direção à lua. Encosto com mais segurança no batente frio. A perna já não está doendo como antes, porém, não sei se posso chegar até o ponto de ônibus.

Se pelo menos algum dos dormitórios vagos estivesse aberto, poderia descansar aqui mesmo.

Quando quase decido ir embora, vejo um dos seguranças partir da quadra de esportes. Ele sai ajustando as calças e fechando o zíper. Cauteloso, ele observa ao redor. Devia estar mijando, sugiro para mim mesmo antes de atirar o cigarro ao chão e pisar em cima.

Permaneço observando o homem se afastar. Sinto uma leve preocupação por ele acabar me notando, mas o que me preocupa, acaba por não acontecer.

Outra vez retiro mais um cigarro, fazendo o mesmo processo irritante de procurar o isqueiro. Desde o ano que eu terminei meu relacionamento, o vício por cigarros foi aumentando consideravelmente nos últimos anos.

Faz bastante tempo que não transo e estou constantemente excitado. No entanto, costumo me masturbar pelo menos uma vez ao dia, mas às vezes não tenho tempo para fazer e acabo chegando atrasado no trabalho.

Solto a fumaça pela boca, enquanto reparo nos mosquitos que entornam às luzes dos postes. Não está tão escura agora a pequena estrada que guia aos portões, mas devo ficar mais preocupado com o ponto de ônibus. Neste horário as coisas em North Battleford são mais arriscadas, não apenas nas noites, porém as noites são onde têm mais perigos.

Três ou quatro meses atrás, uma professora levou uma facada perto do peito por se negar a dar a bolsa a um bandido ou um viciado. Ela ficou internada por algumas semanas e, com medo disso se repetir, decidiu deixar a cidade após a recuperação.

— Professor Bake?

Um súbito arrepio percorre minhas costas. Viro-me de lado com a visão desfocada e uma respiração levemente acelerada.

— Wesler? — digo. — Você me assustou.

O garoto dá um sorriso envergonhado e dá alguns passos em sentido à porta. Seus olhos escuros passam a refletir à lua, enquanto a pele branca se mostra um pouco bronzeada e os cabelos escondidos na touca.

Olho-o por um bom tempo, balanço a cabeça e depois trago o cigarro aos lábios, não me importando com ele.

— Pensei que neste horário todos os professores já estavam bêbados e comemorando o Halloween — o garoto se aproxima ainda mais da porta para ficar visível. Ele passa a língua ao redor dos lábios e para de olhar o campo nublado, voltando-se para mim.

— Bem, eu não sou como “todos os professores” — desloco sutilmente a mão de volta para dentro dos bolsos da blusa.

— Sem família?

— Sim, um pouco solitário — continuo a mexer nos bolsos até retirar a barra de chocolate. A iluminação está suavemente fraca, não posso visualizar o seu rosto por inteiro, mas tenho uma visão nítida de um lado de sua face.

— Aliás, feliz Halloween. Gosta de chocolate? — Angus balança a cabeça, por fim, entrego a barra em sua mão. — E você não devia estar no seu dormitório?

— Devia, mas… — abrindo a embalagem lentamente, ele prossegue: — meu colega de quarto foi com os pais aproveitar o feriado. Então... estou meio que sozinho — diz, enquanto contorna os dedos pelo papel.

Sorri brevemente até achar a ponta e rasgar a embalagem. — Eu não gosto de ficar sozinho — conclui, antes de morder uma parte do chocolate — que de alguma forma, faz meu pau criar vida dentro das calças. De repente, estou movendo o corpo para o lado oposto e puxando a blusa para mais baixo, cobrindo onde começa a marcar.

— Eu já estou acostumado — comento, ao mesmo tempo que tento distrair minha atenção do meu pau.

— A ficar sozinho?

— Isso!

Inspiro o cigarro mais uma vez e seguidamente expiro pelo nariz. Péssimo momento para ficar excitado.

— Você deve se ocupar muito com os trabalhos do internato — confirmo com um sorriso. Ele também sorri, mas na mesma sequência, desvia os olhos enquanto morde outro pedaço de chocolate.

— É, tento me distrair o máximo possível no trabalho… Vocês me dão bastante trabalho também.

Por um deslize, acabo descendo com os olhos pelo seu corpo, mas imediatamente paro e desvio o rosto. A situação só fica mais constrangedora.

— Deve ser difícil aguentar esse monte de adolescentes.

— É um pouco, mas com o tempo a gente consegue — apago o cigarro no batente e o lanço em direção da grama. — Na sinceridade, eu acho que nunca vou conseguir lidar com vocês.

Com outro sorriso surgindo em seus lábios, eu aproveito para enfiar a mão no bolso da blusa e catar meu pau — como se estivesse implorando para ele amolecer.

Angus termina a barra de chocolate com mais três mordidas e j**a o pacote vazio em um lixo próximo. Logo volta para o meu lado com as mãos inquietas, pressionando com o dente superior um lado do lábio inferior.

— Você é solteiro? — pergunta casualmente.

Meu corpo simplesmente não se movimenta. Pisco os olhos e digo: — Sou — quase silenciosamente.

Olhando para os lados, Angus guia delicadamente um dedo até a boca. O umedece e em seguida se aproxima. Uma confusão explode na minha cabeça segundos antes dele aplicar o dedo com saliva nos meus lábios. Meus olhos arregalam e passam a sentir o vento mais gelado contra a pele úmida da boca.

— Eu sei que você quer enfiar o pau em mim. Há muito tempo.

Sem coragem de tomar atitude, e com o pau quase estourando dentro das calças, não consigo dizer nada. Não consigo me mover ou reagir de alguma forma. Nem estou respirando. A única atitude que tenho é percorrer com a língua rapidamente pelos lábios, sentindo o gosto leve e adocicado do chocolate e de Angus.

— Angus… querer não significa que eu deva — respondo, mas Angus já começa a enfiar uma das mãos dentro das minhas calças.

Sua mão é gelada, porém ágil. Ele inicia movimentos de masturbação, fazendo com que eu aperte os punhos e o deixe seguir como quer. Sinto excitação demais para me preocupar se alguém está olhando, só quero que ele continue com esta mão deliciosa.

Seus dedos continuam a roçar sobre todo o meu pau. Segura-o, sabendo como deve fazer e onde é melhor apertar. Ele realmente tem conhecimento.

— Angus… — chamo, quase escorregando no batente da porta.

— Você fica molhado rápido professor ou já estava? — ele olha para mim e mordisca os lábios, ao mesmo tempo que continua deslizando a mão pelo meu membro. Sua única mão livre, entra lentamente por debaixo da minha blusa e da camiseta.

Surpreendente, seus lábios tocam os meus, logo que sua língua penetra minha boca. O sabor do chocolate é intenso, na mesma intensidade do meu pau pulsando.

A mão gélida continua subindo sem pressa pelo o meu abdômen, fazendo eu sentir os pelos do meu pescoço se arrepiarem.

____∞____

James segurou os braços de Hector e o prendeu contra o sofá. Era de noite, com certeza Hector parecia estar tentando evitar um escândalo para que não incomodasse os vizinhos pela terceira vez na semana.

James havia lhe dado um tapa no rosto há cerca de cinco minutos atrás, e isso o fez incendiar de raiva.

“De graça? Foi de graça outra vez. Eu não fiz nada!” Disse com uma voz fina e sufocada pela raiva. Socou sem arrependimento a barriga dele. James gemeu e soltou um xingamento.

“Você é uma merda,” sussurrou com a mão na barriga. Irritado, ainda pela ardência do tapa, Hector se sentiu mais tentando a fazê-lo sentir dor. Colocou os pés em cima do sofá e lançou vários golpes rápidos contra a lateral da cintura de James.

James pulou nele e o parou segurando os braços. Fechou as pernas de Hector com um único movimento usando os joelhos e o deixou imóvel. Hector quis gritar, mas lembrou dos vizinhos, então deu uma mordida profunda no braço de James. James grunhiu feito um cachorro pouco antes de dar um murro no peito de Hector e o liberar.

“Idiota!” Queixo-se James com a mão na região da mordida.

“Vai embora! Acabou tudo!” Ordenou Hector, amaciando os pulsos vermelhos.

“Não vou voltar!”

No sábado seguinte, James apareceu na porta com uma pizza. Eles foderam no sofá duas vezes e dormiram um em cima do outro.

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