Gelei por dentro. Será que todos os esforços de Jack não serviram de nada e a polícia tinha vindo prender Sara? Não era possível.
– Sim, sou eu – respondeu Sara.
– A senhora precisa nos acompanhar até a delegacia.
Vi o semblante de Sara mudar. Ela estava tão fragilizada e irritada momentos antes. Agora estava um poço de frieza novamente, com o rosto muito sério, sem expressar sentimento algum. Ela parecia duas em uma. E eu não gostava nem um pouco dessa Sara fria e objetiva.
Pedimos um tempo para nos vestir e fomos para a delegacia. Cruzei com Jack e ele fez um gesto com a cabeça indicando para eu encontrá-lo do lado de fora da delegacia. O delegado levou Sara para uma sala de vidro bem pequena, toda bege, que tinha apenas uma mesa e uma cadeira de cada lado. Na lateral, encostado na parede, tinha um armário alto e cinza, de arquivos, feitos de metal. Sara me olhou uma última vez, com olhos inexpressivos. Eu esperava que ela ficasse bem até eu voltar.
Encontrei Jack no pátio da delega