As paredes eram escorregadias, como se a umidade fosse muita e a água não parasse de escorrer jamais, o espaço estreito e quase sufocante, não permitia que os dois andasse afastados, estavam tão próximos que o calor dos corpos se misturava.
— Agares, e se ficarmos andando para sempre aqui e não chegarmos a lugar algum?
— Sempre terá um lugar para chegar Nai, em algum momento.
— Está profundo. – Ela brincou.
— Não. – Ele disse sério e sem se virar para trás – Você que ainda não me conhece completamente.
Ela não respondeu, mas com cuidado, soltou os dedos que estavam presos aos dele, com a desculpa que precisavam de luz. Naiara clareou um pouco o caminho, perdida em seus próprios pensamentos. Ainda que a escolha dela fosse Agares, algo havia se quebrado e o medo que nunca mais fosse reparado estava p