Não soube o que dizer a ela, as palavras haviam desaparecido. E depois de um tempo, já dirigindo em direção ao apartamento de Wolfgang, pensei comigo mesma que era o melhor que eu poderia ter feito no momento, afinal, uma decisão com a cabeça tão quente – como estava –, tinha chances bem altas de se transformar num novo problema.
Wolfgang não conseguiu esconder sua surpresa ao vir atender a campainha e se deparar comigo, piscou algumas vezes, como se não acreditasse no que via, porém, depois de algum tempo, sorriu amarelo e abriu a porta, dando espaço para que eu entrasse.
O observei de onde estava e pensei comigo mesma que a paternidade lhe caia bem, na verdade, aos meus olhos, ele ficava ainda mais atraente com os cabelos despenteados, e as mangas da camisa amassada enquanto segurava uma criança semi-adormecida.
– Sinta-se à vontade… – Ele disse, quase num sussurro para não acordar o bebê, sorriu de canto e começou a andar em direção ao que imaginei ser o quarto. – Irei colocá-